Cianobactérias planctônicas em reservatórios do Alto Tietê, SP, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Botany

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-03

RESUMO

Diante da grande importância ecológica e sanitária das cianobactérias e da escassez de informações mais detalhadas sobre estes organismos em corpos d'água doce brasileiros, o presente trabalho pretende estudar a flora de cianobactérias em cinco represas da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, São Paulo. As represas Billings, Guarapiranga, Jundiaí, Pirapora, Ponte Nova e Taiaçupeba vêm sofrendo, nos últimos anos, forte deterioração ambiental e têm apresentado repetidas florações de cianobactérias, inclusive tóxicas. As amostras foram coletadas entre 1997 e 2003 com rede de plâncton (abertura da malha de 20 µm) ou garrafa do tipo van Dorn, e preservadas com lugol ou formalina. Algumas espécies foram isoladas e mantidas em cultura. Foram identificadas 48 espécies de cianobactérias, com predominância da ordem Chroococcales (58%), seguida das ordens Oscillatoriales (21%) e Nostocales (21%). Entre as 48 espécies estudadas, 17 (35%) são consideradas potencialmente tóxicas. A biodiversidade e distribuição das cianobactérias em cada reservatório relacionam-se com as condições ambientais dos mesmos. A Represa Billings mostrou-se o ambiente mais propício ao desenvolvimento de maior número de espécies (34), provavelmente em função de seu pH elevado (em torno de 8). Já o Reservatório de Pirapora, com os valores mais altos de condutividade (445,0 µS cm-1) e a transparência mais baixa (0,2 m), apresentou baixa biodiversidade de cianobactérias (14 espécies).

ASSUNTO(S)

brasil cianobactérias planctônicas diversidade represas

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