Avaliação da qualidade da água de pesqueiros localizados na Sub-Bacia Guarapiranga, Alto Tietê, SP
AUTOR(ES)
Bueno, A. S.; Rodrigues, E. S.; Maruyama, L. S.; Castro, P. M. G.
FONTE
Braz. J. Biol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-06
RESUMO
Resumo Este estudo objetivou caracterizar, em termos estruturais e ambientais pesqueiros localizados na sub-bacia da Guarapiranga. A região de estudo foi mapeada, e do total de 24 pesque-pague georreferenciados, 15 foram entrevistados com os proprietários através de questionários semi-estruturados e, nos sete pesque-pagues com tributários mais próximos da represa, foram coletadas amostras de água em um ciclo sazonal divididas em quatro coletas entre novembro de 2013 a agosto de 2014. Foram medidos in situ: vazão, pH, turbidez, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido nos afluentes e efluentes, e também foram coletadas amostras de água para determinação da concentração de fósforo total (PT) e nitrogênio total (NT). Os resultados mostraram que há uma diminuição nas concentrações de oxigênio dissolvido e aumento nas concentrações de PT e NT nos efluentes em relação aos afluentes. Os efluentes apresentaram valores de PT e NT acima dos limites permitidos pela resolução CONAMA 357/2005 – Classe II, ao menos em um período do ano. Também foram identificados afluentes com cargas elevadas de nutrientes, característica de bacias impactadas pelo adensamento populacional. Através do questionário aplicado aos proprietários sobre o manejo dos empreendimentos e pelas análises de água verificou-se que houve correlação significativa entre o arraçoamento diário e as cargas de PT e de NT (p=0,021 e p=0,045, respectivamente), sendo que nos locais onde o arraçoamento foi mais intenso, a carga de nutrientes nos efluentes foi maior. Os resultados evidenciam a importância de medidas mitigadoras como orientações aos proprietários para o manejo adequado dos lagos, projetos de educação ambiental com os usuários para diminuir do uso de ceva para a captura dos peixes, além da instalação de aeradores artificiais nos lagos e tanques com filtros compostos de macrófitas aquáticas nos seus efluentes, minimizando os impactos na sub-bacia do Guarapiranga.
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