Characterization of thermal, aerial and accoustic environment in swine confinement - growing and finishing production / Caracterização dos ambientes termico, aereo e acustico em sistemas de produção de suinos, nas fases de creche e terminação

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Emissão e concentração de aerossóis, gases e vapores provenientes do confinamento de animais causam danos à atmosfera, ao ambiente, ao homem e aos animais e às estruturas das instalações. Os contaminantes aéreos possuem efeito negativo sobre a saúde e produtividade dos animais e dos trabalhadores, que expostos a tais substâncias podem desenvolver problemas como irritação do sistema respiratório, pneumonite de hipersensibilidade, bronquite crônica, inflamações das vias aéreas, infecções respiratórias, asma ocupacional, febre e irritação nos olhos, dentre outros. Informações sobre ruídos, gases e poeira e seus efeitos no bem-estar do animal e do trabalhador em sistemas de produção de suínos para as condições brasileiras são escassas, pois estes estudos em sua grande maioria, são relacionados a países de clima temperado, onde as construções são completamente fechadas e o resultado final do ambiente difere das condições brasileiras, além do fator clima e manejo a ser considerado. Este trabalho possui os seguintes objetivos: avaliar o conforto térmico; a concentração de amônia (NH3), sulfeto de hidrogênio (H2S), metano (CH4), monóxido de carbono (CO), oxigênio (O2) e poeira; o ruído e estimar os riscos de exposição ocupacional a estes agentes ambientais. O estudo foi realizado em três granjas de ciclo completo de produção: Granja 1 (creche e terminação, ambos de piso compacto) e Granja 2 (creche de piso semi-ripado e terminação de piso compacto com lâmina d´água), durante o verão e inverno de 2003; Granja 3 (creche de salas com piso semi-ripado e gaiolas), durante o verão de 2002. Nestas instalações, era usada somente a ventilação natural para fins térmicos e higiênicos. Verificou-se que as concentrações médias de H2S e CO ficaram abaixo de 1 ppm e inferiores a 0,1% de CH4 em volume no ar, não ultrapassando os limites recomendados pela CIGR (1994) aos animais e aos limites recomendados pelas NR-15 (1978) e ACGIH (2001) para o trabalhador. A concentração de O2 ficou em média 21%. Com relação ao NH3, foram observadas diferenças (P <0,05) nas concentrações médias em relação aos horários de alimentação dos animais, às tipologias das instalações e aos períodos avaliados. As análises dos dados revelam a necessidade de se melhorar a qualidade do ar, dando ênfase principalmente aos horários mais quentes e às condições de inverno, já que basicamente o NH3 encontra-se em concentração mais alta em relação à recomendada em diversos estudos. A concentração de poeira foi muito variável, sendo que a concentração de poeira total foi mais alta na creche (0,84 - 9,16 mg.m-3) do que na terminação (0,84 - 3,34 mg.m-3) e a concentração de poeira respirável foi mais alta nas unidades de creche, porém inferior a 3,67 mg.m-3, não apresentando riscos à saúde. As concentrações dessas substâncias (gases e poeira) foram inferiores àquelas verificadas em instalações fechadas. O ruído contínuo e de impacto se manteve nos limites recomendados pelas NR-15 (1978) e ACGIH (2001), podendo-se considerar o ambiente salubre. Entretanto, considerando o ruído de pico observado nos horários de alimentação e vacinação principalmente nas instalações para terminação, recomenda-se o uso de equipamento de proteção auricular. Na Granja 3, notou-se que o ruído contínuo e de pico na sala de creche com gaiolas foi superior ao ruído na sala de piso semi-ripado, o que pode estar relacionado a um maior bem-estar dos animais criados no piso semi-ripado. Verificou-se também a tendência do ruído de se acompanhar as condições de conforto térmico das instalações.

ASSUNTO(S)

ruido gases - medidas poeira quality ar - qualidade dust noise level suino gases swine air measurement

Documentos Relacionados