Characterization of the analgesic activity of aqueous extract and fractions of methanol extract of leaves of Rheedia longifolia Planch &triana, 1860 / Caracterização da atividade analgésica do extrato aquoso e frações do extrato metanólico de folhas da Rheedia longifolia planch &triana, 1860

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O presente trabalho avaliou o efeito analgésico do extrato aquoso e frações do extrato metanólico de folhas da Rheedia longifolia (Clusiaceae) em diferentes modelos de estudo da dor, com doses de 0,1; 1 e 10 mg/kg. Inicialmente os animais foram tratados com o extrato e as frações, no modelo de capsaicina, utilizado para avaliação da dor de origem neurogênica, determinado o tempo de lambedura da pata para cada animal durante 5 minutos. O segundo modelo de estudo foi o da formalina, que apresenta duas fases: na primeira (0 5 min) verifica-se a dor de origem neurogênica e na segunda (15 30 min) a dor de origem inflamatória. No modelo de von Frey os animais foram estimulados com carragenina e a seguir foram submetidos à hipernocicepção mecânica com filamento von Frey nos tempos de 1 e 3 horas. Os tratamentos com extrato e frações não interferiram na reação álgica evocada por capsaicina e por formalina, com até 5 min de observação. Por outro lado, o tratamento com extrato aquoso inibiu significativamente a reação à formalina, na segunda fase, assim como extrato e frações foram eficazes no modelo von Frey, apresentando efeito analgésico significativo nos períodos de 1 e 3 h. Com base nos dados obtidos para a atividade analgésica - que sugeriram um potencial efeito na dor de origem inflamatória - avaliamos então a possível toxicidade do extrato aquoso e seu efeito em um modelo de formação de úlcera gástrica. Utilizamos o extrato aquoso de folhas, na dose de 10 mg/kg via oral (v.o) no teste de lesão gástrica aguda em ratos induzida com indometacina (20 mg/kg). Foi possível demonstrar que o extrato aquoso teve importante atividade protetora gástrica, reduzindo o índice de úlceras. Observamos ainda que o extrato na dose de 2000 mg/kg, não apresentou toxicidade letal sobre camundongos. Na tentativa de identificarmos os possíveis mecanismos envolvidos na bioatividade detectada, avaliamos a capacidade do extrato de folhas da R. longifolia e suas frações em bloquear a atividade do receptor P2X7, que tem sido ligado à dor inflamatória. Para tal, utilizamos o ensaio de permeabilização celular e observarmos inibição da ativação do receptor P2X7 em macrófagos estimulados com ATP. Com base nos resultados obtidos, podemos sugerir que o extrato aquoso e frações de folhas da R. longifolia administrados por v.o. apresentam atividade analgésica sobre a dor de origem inflamatória, não promovem lesão gástrica e apresentam baixa toxicidade. Os dados indicam ainda um potencial efeito antagonista do receptor P2X7 para o extrato e frações da R. longifolia, sugerindo uma possível participação desse receptor na bioatividade detectada.

ASSUNTO(S)

capsaicina/uso terapêutico pain clusiaceae/efeitos adversos farmacologia dor capsaicin/therapeutic use clusiaceae/adverse effects

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