Caracterização molecular de cepas mexicanas de Trypanosoma cruzi e seu comportamento no modelo experimental do camundongo

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/11/2011

RESUMO

INTRODUÇÃO: Durante muito tempo, foi questionada a importância da doença de Chagas no México onde muitos a consideravam um padecimento exótico. Considerando a grande diversidade genética existente, entre os isolados de Trypanosoma cruzi, a importância da caracterização biológica desses e o escasso número de informações sobre os aspectos clínicos e biológicos da doença de Chagas no México, o objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização biológica e molecular de isolados de Trypanosoma cruzi originários de diferentes áreas endêmicas deste país, principalmente do Estado de Jalisco. MÉTODOS: Oito cepas mexicanas de Trypanosoma cruzi foram caracterizadas biologicamente e geneticamente (PCR específica para Trypanosoma cruzi, PCR-multiplex, amplificação do espaço não transcrito dos genes do mini-exon, amplificação das regiões polimórficas do gene do mini-exon, classificação pela amplificação de regiões intergênicas dos genes do spliced leader, RAPD - random amplified polymorphic DNA). RESULTADOS: Foram observados dois tipos de parasitemia: patente com picos máximos de parasitemia entre 4,6x10(6) e 10(7) parasitas/mL e subpatente. Além disso, todos os isolados foram capazes de infectar 100% dos animais. Observou-se tropismo predominante pelo músculo estriado (cardíaco e esquelético). As técnicas de PCR do gene do mini-éxon classificaram as oito cepas como TcI e a técnica de RAPD mostrou variação intra-especifica das mesmas, separando as cepas isoladas de humanos daquelas de triatomíneos e por origem geográfica. CONCLUSÕES: As cepas mexicanas de Trypanosoma cruzi são miotrópicas e correspondem ao TcI.

ASSUNTO(S)

trypanosoma cruzi méxico caracterização biológica caracterização genética

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