Caracterização do período de instabilidade de órgãos vegetais submetidos à injúria mecânica

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/06/2011

RESUMO

As injúrias mecânicas são a maior causa de perdas pós-colheita, uma vez que podem causar alterações metabólicas e fisiológicas em frutos e hortaliças. No entanto são escassos estudos que caracterizam o estado do tecido logo após a lesão e durante a reação do tecido lesionado, ao qual denominamos Período de Instabilidade (PI). Neste trabalho o objetivo foi caracterizar o Período de Instabilidade (PI) de tomates (Solanum lycopersicum L.) e folhas de couve-manteiga (Brassica oleracea v. acephala L.), após a colheita, submetidos à lesão mecânica por punção com diferentes diâmetros. Para isso foi realizada a análise histológica dos tecidos e um estudo do estado hídrico desses vegetais submetidos a lesão por punção com diâmetros de 1,5 e 3,5mm. A análise da estrutura dos tecidos da folha de couve-manteiga e de tomate lesionados foi realizada por meio de técnicas usuais de microscopia de luz durante 9 e 24 dias após a colheita, respectivamente. A avaliação do estado hídrico foi feita pelo estudo da firmeza de tomates, e da pressão de turgescência celular e firmeza das folhas de couve-manteiga. As medidas foram realizadas durante 19 dias para tomates e sete dias para as folhas de couve-manteiga. Os tecidos sadios de tomates Carmen apresentaram disposição uniforme até o 16 dia após a colheita. Durante o PI nos tecidos lesionados de tomates verificou-se a adesão das paredes celulares mortas às células sadias quatro dias após a colheita. As lesões por punção com diâmetros de 1,5 e 3,5 mm não alteram a firmeza em tomates Carmem armazenados a 25C, no entanto os tomates apresentam decaimento da firmeza dois dias após a colheita. As folhas sadias de couve-manteiga apresentaram degradação tardia das estruturas celulares, após o 9 dia de colheita. As folhas lesionadas por punção de 1,5 e 3,5mm apresentam PI com resposta fisiológica, caracterizada pelo acúmulo de mucilagem na região danificada. A firmeza e a pressão de turgescência também não são alteradas nas folhas de couvemanteiga lesionadas por punção de 1,5 e 3,5mm, e armazenadas a 5C. Porém, folhas sadias e lesionadas apresentam recuperação hídrica do primeiro para o segundo dia após a colheita, quando armazenadas em refrigerador a 5C. Após a recuperação hídrica, todos os tratamentos apresentam diminuição gradativa da firmeza e da turgescência celular, sendo que os grupos das lesões mostram oscilações nos valores de firmeza entre o quarto e sétimo dia após a colheita.

ASSUNTO(S)

ciencias biologicas biotecnologia solanum lycopersicum lesão mecânica (agronomia) anatomia vegetal estado hídrico lesão por punção firmeza turgescência celular solanum lycopersicum brassica oleracea v. acephala puncture injury plant anatomy, firmness cell turgor brassica oleracea var. acephala

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