CaracterizaÃÃo farmacognÃstica de Capraria biflora L. e estudo biolÃgico e fÃsico-quÃmico de seus metabotÃlitos secundÃrios

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Capraria biflora L. à uma espÃcie pertencente à famÃlia Scrophulariaceae, originÃria das Antilhas e AmÃrica do Sul, sendo amplamente distribuÃda no continente americano. Dentre os usos populares, C. biflora L. pode ser utilizada contra dores no estÃmago, febres, gonorrÃia, como diurÃtica, calmante e para o tratamento de problemas urinÃrios. Dentre os constituintes quÃmicos, pode-se isolar a biflorina, iridÃides glicosÃdeos e sesquiterpenos. Os objetivos deste trabalho foram: realizar a padronizaÃÃo farmacognÃstica da espÃcie; realizar a caracterizaÃÃo tÃrmica e estudo cinÃtico de degradaÃÃo tÃrmica da biflorina; validar um mÃtodo de doseamento da biflorina em HPLC; e verificar o efeito do extrato hidroalcoÃlico das folhas e da biflorina em processos de marcaÃÃo com tecnÃcio-99m. A padronizaÃÃo botÃnica foi realizada segundo os procedimentos usuais, envolvendo o estudo histolÃgico e histoquÃmico de raÃzes, caule e folhas. A partir do isolamento da biflorina do extrato bruto das raÃzes, procedeu-se a sua caracterizaÃÃo tÃrmica, por anÃlise das curvas TG e DSC, bem como foi realizado estudo cinÃtico utilizando-se curvas TG, pelos mÃtodos isotÃrmico e nÃo-isotÃrmico. A validaÃÃo do mÃtodo de doseamento da biflorina foi realizado de acordo com as especificaÃÃes da Internacional Conference of Harmonization, atravÃs da avaliaÃÃo dos parÃmetros linearidade, exatidÃo, precisÃo, e limites de detecÃÃo e quantificaÃÃo. Para os ensaios de radiomarcaÃÃo, avaliou-se o efeito da biflorina na marcaÃÃo in vitro de elementos sanguÃneos com Tc-99m, bem como o efeito do extrato hidroalcoÃlico das folhas de C. biflora L. na marcaÃÃo in vitro e in vivo de elementos sanguÃneos com Tc-99m, na biodistribuiÃÃo do radiofÃrmaco, e na fragilidade osmÃtica e morfologia de hemÃcias marcadas com o radiofÃrmaco. A caracterizaÃÃo farmacobotÃnica evidenciou caracterÃsticas que foram consideradas importantes para o diagnÃstico da espÃcie, tais como a presenÃa de conspÃcuas cÃlulas pÃtreas no caule e cutÃcula estriada nas folhas. Na caracterizaÃÃo tÃrmica da biflorina, a curva TG revelou a presenÃa de trÃs estÃgios de decomposiÃÃo, e a curva DSC apresentou cinco picos referentes à fases de transiÃÃo. No estudo de degradaÃÃo, em ambos os mÃtodos, foi observado uma cinÃtica de ordem zero, bem como determinou-se para cada mÃtodo os parÃmetros ordem da reaÃÃo, energia cinÃtica envolvida e fator de freqÃÃncia. O mÃtodo de doseamento proposto apresentou curto tempo de anÃlise, uma linearidade satisfatÃria, exatidÃo prÃxima a 100% e coeficientes de variaÃÃo menores que 6%. Os estudos in vitro comprovaram que a biflorina reduz a percentagem de radioatividade em cÃlulas sanguÃneas e proteÃnas plasmÃticas, e a maior concentraÃÃo utilizada nÃo alterou a radioatividade em linfÃcitos. Foi observado que o extrato das folhas alterou in vitro a percentagem de radioatividade nas cÃlulas sanguÃneas e proteÃnas plasmÃticas; in vivo alterou apenas as proteÃnas celulares; promoveu alteraÃÃes morfolÃgicas nas cÃlulas sanguÃneas incubadas in vitro e in vivo; e sua maior concentraÃÃo utilizada nÃo alterou a biodistribuiÃÃo do Tc-99m e a radiomarcaÃÃo em linfÃcitos. Os resultados obtidos neste trabalho com C. biflora L. serÃo de grande importÃncia na padronizaÃÃo de futuras formas farmacÃuticas contendo extratos ou princÃpios ativos isolados desta planta

ASSUNTO(S)

capraria biflora l. farmacia farmacognÃstica - caracteristicas

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