CaracterizaÃÃo dos lenÃÃis maranhenses e dunas inativas (fÃsseis): implicaÃÃes paleoambientais / Characterization of MaranhÃo and sand dune sheets (fossil): paleoenvironmental implications

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/06/2010

RESUMO

MudanÃas climÃticas na escala de tempo de sÃculos ou dÃcadas podem produzir variaÃÃes ecolÃgicas significativas, alterando os cenÃrios naturais do globo terrestre, assim como, comprometer o bem estar do homem e de outros seres vivos no planeta, por isso, torna -se importante estudar as evoluÃÃes climÃticas durante o perÃodo QuaternÃrio, pois se conhecido as alteraÃÃes do clima no passado recente pode-se, com mais seguranÃa, determinar as condiÃÃes futuras. Os campos de dunas eÃlicas inativas, com extensÃes regionais, tÃm sido considerados como indicadores geomorfolÃgicos e sedimentolÃgicos de mudanÃas paleoclimÃticas durante o QuaternÃrio. A zona costeira do estado do MaranhÃo à dona de um dos maiores registros eÃlicos da costa brasileira. Nela estÃo inseridos os corpos dunares mÃveis (LenÃÃis Maranhenses) e dunas inativas (fÃsseis) adjacentes, cuja Ãrea està em torno de 1.000.000 hectares. O trabalho consiste em realizar um estudo da evoluÃÃo destes corpos dunares, fazer uma relaÃÃo cronolÃgica dos diferentes tipos de dunas a fim de moldar as condiÃÃes climÃticas e paleoambientais pretÃritas e mostrar a atual situaÃÃo destes depÃsitos, bem como a interaÃÃo dos mesmos com outros ecossistemas, atravÃs de tÃcnicas de geoprocessamento aplicadas em imagens de sensoriamento remoto dos satÃlites Landsat 5, Landsat 7, QUICKBIRD, imagens de radar da missÃo SRTM, levantamentos de campo e anÃlises em laboratÃrio de sedimentos. A Ãrea possui pelo menos trÃs compartimentos de relevo, cada um com seu ecossistema ou unidade geoambiental correspondente e padrÃes de drenagem caracterÃsticos. Dividida em quatro estÃgios, a evoluÃÃo dos depÃsitos eÃlicos comeÃa, por volta de 123 mil anos antes do presente (A.P), Ãpoca correspondente ao mÃximo da penÃltima transgressÃo, quando o mar erodiu total ou parcialmente os depÃsitos continentais de estÃgios anteriores. As dunas deste estÃgio sÃo atualmente de cor avermelhada tÃpicas dos tabuleiros prÃ-litorÃneos e nÃo apresentam forma definida. O segundo estÃgio se encaixa nas evidÃncias da glaciaÃÃo ocorrida entre 70 e 60 mil anos A.P. O mar estava em nÃveis muito mais baixos do que o atual, disponibilizando material suficiente para a formaÃÃo de dunas. Um grande deserto de areia teria se formado. Estas dunas mÃveis do Pleistoceno sofreram processos de estabilizaÃÃo posteriormente no terceiro estÃgio, e hoje sÃo as dunas vegetadas que encontramos na Ãrea estudada. O quarto estÃgio à marcado pelo aparecimento das dunas mÃveis dos LenÃÃis Maranhenses que continuam a migra atualmente. As mudanÃas climÃticas e ambientais ocorridas durante o QuaternÃrio estÃo intrinsecamente ligadas à gÃnese e evoluÃÃo dos depÃsitos arenosos deste perÃodo, tomando como evidÃncia suas caracterÃsticas sedimentolÃgicas e sua disposiÃÃo morfolÃgica atual no espaÃo.

ASSUNTO(S)

geociencias lenÃÃis maranhenses dunas mÃveis dunas inativas (fossÃis) mudanÃas climÃticas geoprocessamento lenÃÃis maranhenses mobile dunes inactive dunes (fossils) climate change geoprocessing

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