Características do tratamento anti-rábico humano em Belo Horizonte, de 1990 - 2000.
AUTOR(ES)
Magda Matos Maurelli Silveira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001
RESUMO
Foram utilizadas 106.878 fichas de identificação de pessoas atendidas em cinco unidades de saúde da Prefeitura de Belo Horizonte para análise das características e da tendência do tratamento anti-rábico humano pós-exposição de 1990 a julho de 2000. Para análise desses elementos de pessoas residentes em Belo Horizonte foram examinadas 34.909 fichas de identificação, de 1996 a julho de 2000. Os resultados revelaram que a tendência anual de atendimentos vem se reduzindo, ao passo que a de tratamentos está aumentando. Houve diferença entre a indicação de tratamento de pessoas que residem na capital e as que moram em outros municípios receberam 68,1% e 9,0% respectivamente. Considerando-se as unidades de saúde, o Vale do Jatobá (96,1%) e o Carlos Chagas (66,5%) foram as que apresentaram maior percentual na indicação de tratamento. A média do coeficiente de tratamento de 1996 a 1999 foi de 22,8 pessoas para cada 10.000 habitantes. A análise da distribuição mensal do atendimento revelou um aumento de pessoas agredidas no período de junho a setembro com pico em setembro. Os cães e fatos predominaram como responsáveis nos acidentes e contato com as pessoas que procuraram atendimento. O contato com espécies silvestres como coati, raposa, lobo, gambá, micos e macacos resultaram em indicações de tratamento acima de 95% dos casos. Não foram diagnosticados casos humanos e de animais domésticos nos últimos 11 anos no município. Dos animais envolvidos 85,9% eram de origem conhecida. A média geral de abandono foi de 24,7%, com variação de 24,6% a 38,1% entre as unidades de saúde. A média de doses gasta por pessoa foi de 3,8 e aquelas que receberam até três doses de vacinas (58,35%) apresentaram a maior freqüência. A média de captura e eliminação de cães foi de 2,28% e a cobertura vacinal de 84,1%. A ausência de casos de raiva em animais no município de Belo Horizonte, os tipos de animais de estimação e o elevado percentual de contatos e agressões no ambiente familiar fornecem elementos que possibilitam a modificação do programa de tratamento pós-exposição humana vigente, visando sua adequação a essa realidade.
ASSUNTO(S)
raiva epidemiologia teses raiva vacinas teses raiva tratamento teses
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8C5DGPDocumentos Relacionados
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