Capacidade diferencial de assimilação de nitrogênio entre as porções foliares basal e apical em bromélias epífitas com tanque
AUTOR(ES)
Takahashi, Cassia A., Ceccantini, Gregório C.T., Mercier, Helenice
FONTE
Brazilian Journal of Plant Physiology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-06
RESUMO
A folha é o principal órgão do corpo vegetativo das bromélias epífitas com tanque, podendo ser subdividida em pelo menos duas porções distintas: apical e basal. Muito pouco se conhece acerca da existência de diferenças morfológicas, anatômicas ou fisiológicas entre essas porções. O objetivo deste estudo foi comparar a capacidade de assimilação do nitrogênio, proveniente da uréia, entre as porções basal e apical em folhas de Vriesea gigantea, uma bromélia epífita com tanque. Para tanto, plantas dessa espécie foram cultivadas in vitro na presença exclusiva de uréia (5 mM) como fonte de nitrogênio, por 15 dias. Durante esse período, quantificaram-se as atividades das enzimas sintetase da glutamina (GS) (EC 6.3.1.2) e desidrogenase do glutamato dependente de NADH (NADH-GDH) (EC 1.4.1.2), além das densidades de tricomas absorventes e estômatos encontrados nas superfícies foliares de ambas as regiões. As maiores atividades de GS e NADH-GDH sempre foram detectadas na porção apical, sendo que, no 3º dia de cultivo in vitro, houve um máximo de atividade. Constatou-se uma correlação inversa entre o número de tricomas e estômatos nessas duas porções foliares: a apical apresentou um menor número de tricomas (30% menor) e uma maior quantidade de estômatos (o dobro) quando comparada com a basal. Sugere-se que a região apical estaria, preferencialmente, envolvida com a assimilação do nitrogênio proveniente da uréia via GS ou NADH-GDH, enquanto a basal, possivelmente, com a sua absorção. Este é o primeiro relato a relacionar uma determinada porção foliar, de uma bromélia com tanque, com a assimilação do amônio, preferencialmente, nessa estrutura.
ASSUNTO(S)
bromeliaceae desidrogenase do glutamato estômato sintetase da glutamina tricoma uréia
Documentos Relacionados
- Assimilação do nitrogênio em diferentes regiões foliares de uma bromélia epífita com tanque
- Utilização de hábitat e ocorrência do metabolismo CAM entre bromélias epífitas em uma floresta seca do sudeste do Brasil
- Assimilação e transporte de nitrogênio em Brugmansia suaveolens
- Volume de água armazenado no tanque de bromélias, em restingas da costa brasileira
- Importância das bromélias epífitas na ciclagem de nutrientes da Floresta Atlântica