Utilização de hábitat e ocorrência do metabolismo CAM entre bromélias epífitas em uma floresta seca do sudeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Botany

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-09

RESUMO

Investigamos a comunidade e a ocupação de epífitas da floresta seca de Jacarepiá, Rio de Janeiro para entender: i) como epífitas em geral ocupam troncos das árvores; ii) como bromélias epífitas ocupam árvores suporte; iii) distribuição espacial de bromélias CAM. A coleta de dados sobre epífitas, forófitos e árvores foi baseada no método ponto quadrante central. A via fotossintética das bromélias epífitas foi determinada por espectrometria de massa. A presença de Gesneriaceae, Araceae e Cactaceae indicam umidade suficiente para permitir a presença de epífitas supostamente menos especializadas. Não houve correlação entre abundância de epífitas e diâmetro dos forófitos, e forófitos possuíram maior tamanho que árvores sem epífitas. Houve correlação entre diâmetro das árvores e abundância de bromélias e falta de correlação entre diâmetro e riqueza de bromélias. Somente uma espécie foi típica da submata e outra do dossel. Estes resultados diferem do padrão de ocupação de microsítios por epífitas, sugerindo que as copas das árvores são locais super-expostos para bromélias. A única espécie C3 (Vriesea procera (Mart. ex Schult. f.) Wittm.) estava significativamente mais exposta que as demais espécies no dossel. Se a ocorrência de CAM é relacionada à economia de água, o fato desta espécie estar sujeita a condições de maior exposição é notável. Comentários adicionais são apresentados sobre a proporção entre espécies de bromélia CAM e abundância. Em relação às formas de vida, holoepífitas ocorreram em todos os diâmetros dos forófitos ao contrário das hemiepífitas, sugerindo que holoepíftas possuem um estabelecimento melhor sucedido que hemiepífitas.

ASSUNTO(S)

bromeliaceae dossel floresta atlântica restinga

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