Campanha de saude ocular "olho no olho" : percepções de pais e educadores, Maceio-Brasil, 2000
AUTOR(ES)
Sheila Mota Cavalcante
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003
RESUMO
Avaliou-se Campanha de saúde ocular dirigida aos escolares (Olho no Olho -2000), na perspectiva dos pais dos escolares da 1ª série do ensino fundamental, e dos educadores das escolas públicas estaduais envolvidas, na cidade de Maceió/AL. Realizou-se estudo analítico transversal a respeito das etapas da Campanha e aspectos sociais dos entrevistados, divididos em três grupos: o grupo I constituído por 263 pais dos escolares, escolhidos por amostra aleatória, de um universo de 1996 crianças encaminhadas à consulta médica, após triagem; o grupo II constituído por 141 professores, escolhidos por amostra aleatória de uma população de 364 professores desses escolares; o grupo III constituído por 62 diretores encontrados de uma população de 72 diretores das escolas participantes da Campanha. Na amostra do grupo I, observou-se alto índice de comparecimento dos escolares à consulta (89,35%) e dos seus responsáveis conduzindo-os (82,98% dos que compareceram). As consultas foram realizadas em mutirões em escolas (82,13%), mutirões no Hospital Universitário (15,74%) e em consultórios dos médicos (2,13%), tendo sido aprovada pelos pais a forma de mutirões nas escolas. A população alvo da Campanha apresenta baixo nível econômico e de escolaridade. O principal motivo para o não comparecimento dos escolares à consulta foi a falta de dinheiro para o transporte, referida em 28,57%. A informação sobre a prescrição de óculos foi relativamente bem compreendida (73,85%). A entrega dos óculos foi satisfatória, segundo os pais (87,39% os receberam, 65,77% sem demora e 69,07% dos escolares gostaram dos óculos). Observou-se expressivo número de crianças usando os óculos à época da entrevista (79,38%), 8-10 meses após a consulta. A demora na entrega dos óculos e o uso de óculos pelos entrevistados não influenciaram no uso dos óculos pelos escolares. Os professores e diretores aprovaram o material distribuído e o treinamento recebido, contudo dificuldades foram apontadas: a falta de colaboração dos alunos e de um especialista para a aplicação do teste de triagem. Houve relação direta entre o treinamento considerado bom e a ausência de dificuldades durante a triagem. Professores e diretores gostaram de participar da Campanha, porém os professores demonstraram insatisfação quanto a sua função (triagem). Observado grande aceitação da Campanha por parte dos pais e educadores envolvidos
ASSUNTO(S)
oftalmologia pediatrica acuidade visual saude escolar saude publica
ACESSO AO ARTIGO
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