Bukowski e drogadição: uma análise para além do 'velho safado'
AUTOR(ES)
Cunha, Bruna Moreira Camarotti da, Silveira, Lia Carneiro, Paiva Filho, Francisco
FONTE
Psicol. estud.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-12
RESUMO
O abuso de drogas suscita diferentes posicionamentos em variadas culturas e situações no mundo. No plano das políticas públicas, este consumo é abordado como patologia ou como crime. Na psicanálise, encontramos duas vertentes teóricas: uma considera o gozo do drogado como fora da referência ao sintoma e à fantasia; a outra afirma a necessidade de tomarmos a droga na especificidade da relação que o sujeito estabelece com a castração nas estruturas clínicas. Situando-nos nessa segunda via, objetivamos realizar estudo de caso biográfico de Charles Bukowski, cuja relação com o álcool aparece entremeada com sua produção escrita. Em Bukowski, podemos afirmar que o recurso à droga surge como compromisso (escrever para ir contra o pai) sustentado na fantasia (de espancamento), logo, como sintoma. Verificamos que é possível e necessário pensar a drogadição na neurose, observando no caso a caso como a droga entra na economia libidinal de cada sujeito.
ASSUNTO(S)
psicanálise drogas estudo de caso
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