Biologia, exigências térmicas e caracterização de danos de Frankliniella occidentalis pergande (Thysanoptera: thripidae), em morangueiro / Biology, thermal requirements and damage characterization of Frankliniella occidentalis pergande (Thysanoptera: thripidae), in strawberry plants

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Frankliniella occidentalis tem sido relatada como uma das principais pragas associadas à cultura do morangueiro. Neste trabalho, foram avaliados aspectos do ciclo biológico de F. occidentalis, em laboratório (25 ± 1 ºC, 70 ± 10% UR, fotofase 12 horas), em flores e folíolos de morangueiro, cultivar Aromas. Determinou-se também, as exigências térmicas das fases de ovo, larva e pupa, mantidas em folíolos de morangueiro, nas temperaturas de 16, 19, 22, 25, 28 e 31 ºC (70±10% UR; fotofase 12 horas). Os danos provocados por adultos de F. occidentalis foram caracterizados em flores, frutos verdes e maduros e durante todo período de maturação. A duração média, em dias, do período embrionário foi significativamente distinta entre os insetos mantidos em flores (3,7 ± 0,03) e folíolos (4,4 ± 0,09). O primeiro instar larval teve duração significativamente menor em flores (1,6 ± 0,07 dias) do que nos folíolos (2,0 ± 0,06 dias). Larvas de segundo instar, pré-pupas e pupas não diferiram quanto à duração e viabilidade entre os dois órgãos vegetais avaliados. O ciclo biológico (ovo-adulto) não diferiu significativamente entre os insetos mantidos em flores (12,1 ± 0,33 dias) e folíolos (13,3 ± 0,57 dias), o mesmo ocorreu em relação à longevidade entre machos e fêmeas. A fecundidade média total dos insetos mantidos em flores (70,04 ± 9,18 ovos/fêmea) foi significativamente maior do que os que permaneceram em folíolos (8,52 ± 1,13 ovos/fêmea). Com base na tabela de vida de fertilidade, a performance dos indivíduos de F. occidentalis que se desenvolveram em flores foi melhor. A temperatura base e a constante térmica para o ciclo total (ovo-adulto) foi 9,88 ºC e 211,86 graus-dia, respectivamente. Com base nas exigências térmicas de F. occidentalis, foi estimado para os municípios de Vacaria, Caxias do Sul, Pelotas, Porto Alegre e Taquari respectivamente, 10,7, 12,6, 13,6, 16,5 e 20,3 gerações/ano. Em relação à caracterização de danos, os resultados sugerem que as deformações de frutos não estão associadas à presença de F. occidentalis e que, a alimentação destes causa bronzeamentos na superfície de frutos verdes e maduros.

ASSUNTO(S)

inseto trips praga de planta morango

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