Baixa sensibilidade da cintigrafia óssea trifásica no diagnóstico de lesão por esforço repetitivo

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Medical Journal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

CONTEXTO E OBJETIVO: O diagnóstico das lesões por esforço repetitivo (LER) é difícil e baseado em sinais clínicos, exame físico e testes complementares. O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilidade da cintilografia óssea trifásica (COT) no diagnóstico das lesões por esforço repetitivo. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo prospectivo realizado no Serviço de Medicina Nuclear, Departamento de Radiologia, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, Brasil. MÉTODOS: Foram estudados 73 pacientes (47 homens; idade média 31,2 anos) com diagnóstico clínico de LER nos membros superiores. Um total de 127 articulações com diagnóstico clínico de LER foram estudadas. As imagens foram submetidas à análise semi-quantitativa dos ombros, cotovelos e punhos, usando as diáfises dos úmeros e ulnas como referência. Os resultados foram comparados com um grupo controle de 40 indivíduos normais. O quadro clínico dos pacientes foi usado como "padrão ouro" para calcular as probabilidades. RESULTADOS: Na análise visual dos pacientes foram observadas alterações em quatro articulações na fase do fluxo sangüíneo, em 11 articulações na fase de equilíbrio e em 26 articulações nas imagens tardias. A análise visual das articulações do grupo controle não mostrou alterações. Na análise semi-quantitativa, a maioria dos valores dos pacientes foram normais. As exceções foram os punhos dos pacientes com lesões por esforço repetitivo no lado esquerdo (p = 0,0216). Entretanto, a sensibilidade (9%) e a acurácia (41%) foram muito baixas. CONCLUSÃO: A COT com análise semi-quantitativa apresenta sensibilidade e acurácia muito baixas para detectar LER nos membros superiores.

ASSUNTO(S)

cintilografia tecnécio transtornos traumáticos cumulativos extremidade superior cintilografia

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