AvaliaÃÃo do processo de pedogÃnese do basalto a partir da aÃÃo do Ãcido Ãsnico sob condiÃÃes ambientais e laboratoriais

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

O desenvolvimento do solo requer a atuaÃÃo de inÃmeros fatores corelacionados interagindo durante um longo perÃodo, inicialmente sobre a rocha. Dentre estes fatores destacam-se o clima, o relevo e os organismos vivos que, em conjunto, condicionam a rocha a iniciar a formaÃÃo de um manto de intemperismo. Cada agente intempÃrico tem sua aÃÃo particular e sua contribuiÃÃo caracterÃstica. Desta forma, nesta pesquisa identificou-se a contribuiÃÃo de um ser vivo especÃfico, o lÃquen Cladonia substellata, na formaÃÃo do solo. Em geral os liquens tÃm sido largamente utilizados pelo homem, seja na medicina, atravÃs de seu uso na fabricaÃÃo de remÃdios diversos, seja como biomonitor da qualidade do ar atmosfÃrico, denunciando atà a presenÃa de metais pesados. Enfim, sÃo inÃmeros os usos aos quais os liquens sÃo destinados. Por sua vez, aqui se fez menÃÃo ao seu importante papel na degradaÃÃo/ transformaÃÃo do basalto (rocha mater), considerando que os liquens sÃo os primeiros seres a habitar a rocha nua e, a partir de sua interaÃÃo com ela, transforma-a em solo. Com isso, proporcionam a instalaÃÃo gradual de seres vivos âmais exigentesâ, isto à que necessitam de um substrato mais elaborado. Objetivou-se, com isso, verificar se o processo de quelaÃÃo ocorria entre a substÃncia liquÃnica e as rochas, levando em consideraÃÃo trÃs situaÃÃes distintas entre o basalto e a substÃncia liquÃnica. A primeira considerou o basalto submetido ao Ãcido Ãsnico durante seis meses, à temperatura ambiente; a segunda simulou uma situaÃÃo entre o basalto e o Ãcido Ãsnico aquecida a 40 durante 15 dias e, por fim, a uma terceira considerando o basalto e o talo in natura de Cladonia substellata Vainio. Como se encontrou resposta positiva a essa primeira questÃo passou-se à segunda: em quanto a presenÃa do Ãcido Ãsnico acelerou as reaÃÃes e como a introduÃÃo de novas variÃveis nesta interaÃÃo refletiu no processo de quelaÃÃo. Para confirmar este processo foram percorridas vÃrias etapas: a coleta do material liquÃnico e rochoso, montagem dos experimentos, acompanhamento e coleta de amostras (substÃncia liquÃnica + rocha), tratamento das amostras lÃquidas (separaÃÃo da parte orgÃnica da aquosa) para anÃlise em CCD e das amostras de basalto para realizaÃÃo de difratometria de raios X, anÃlise dos dados obtidos, alÃm de uma intensa revisÃo bibliogrÃfica durante toda execuÃÃo dos experimentos. Os resultados obtidos atravÃs, inicialmente, da anÃlise das cromatografias revelaram que em todas as situaÃÃes o processo de quelaÃÃo ocorreu. As anÃlises de difratometria de raios X mostraram que em todos os experimentos montados hà uma interaÃÃo entre o material biolÃgico (substÃncia liquÃnica) e o material rochoso, ou seja, houve modificaÃÃo quÃmica do basalto. Esta situaÃÃo foi mais visÃvel nos experimentos do Ãcido Ãsnico à temperatura ambiente e com este Ãcido e o basalto submetidos ao acrÃscimo da temperatura. Isto comprova que o Ãcido Ãsnico realmente tem aÃÃo transformadora da rocha, que as condiÃÃes ambientais da RegiÃo Metropolitana do Recife (temperatura, umidade e relevo) aceleram o processo de quelaÃÃo, sendo esta uma das formas de intemperismo que contribui na transformaÃÃo da rocha mater em solo. O experimento com o talo in natura evidenciaram que embora ocorra processo, à muito lento em condiÃÃes naturais, levando em consideraÃÃo que este Ãltimo caso se aproxima mais do que ocorre sob condiÃÃes naturais

ASSUNTO(S)

Ãcido Ãsnico intemperismo bioquÃmico rocha de basalto geografia fÃsica geografia pedologia

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