Avaliando a autoestima de adolescentes com epilepsia / Evaluating the self esteem of adolescents with epilepsy

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/07/2010

RESUMO

A epilepsia passa a significar perdas em diferentes áreas: física, saúde, emprego, relações sociais e familiares. Autoestima e autoconfiança também são afetadas. O presente trabalho teve como principal objetivo avaliar e comparar a autoestima dos adolescentes com epilepsia e sem epilepsia. Também objetivou-se avaliar e relacionar a qualidade de vida com a autoestima no adolescente com epilepsia. Variáveis clinicas e demográficas e aspectos relacionados a representação da doença foram considerados. Esse estudo avaliou 67 adolescentes, de ambos os sexos, na faixa etária de 11 a 18 anos, 37 pacientes assistidos no ambulatório de Neurologia/ HC da Unicamp com diagnostico de epilepsia e 30 adolescentes sem este diagnostico que frequentavam escolas publicas na região de Campinas-SP. O critério de inclusão do estudo foi: ter diagnostico de epilepsia há mais de dois anos para o grupo com epilepsia e não ter epilepsia para o grupo sem epilepsia e habilidade para responder questões por eles mesmos. O critério de exclusão para os dois grupos foi: não ser portador de outras doenças neurológicas progressivas ou doenças psiquiátricas evidentes, não terem se submetido a cirurgia no cérebro, não fazerem uso de medicações que pudessem afetar o sistema nervoso central, exceto drogas antiepilepticas. Foram aplicados a Escala de Autoestima (EMAE) padronizada e validada para a população brasileira, o Inventario de Qualidade de Vida para adolescentes com epilepsia - versão brasileira (QOLIE-AD-48) e um questionário aberto para avaliar as representações da doença. Esse estudo mostra que o grupo de adolescentes com epilepsia obteve uma media de pontuação de autoestima acima do esperado com maiores escores nas dimensões autoestima família e autoestima escola comparado com o grupo sem epilepsia. O grupo com epilepsia também apresentou uma avaliação da qualidade de vida acima do esperado. Inicio das crises, idade e escolaridade obtiveram relações significativas com autoestima. Com relação aos aspectos subjetivos, os adolescentes sabem e entendem a doença, conversam com familiares e amigos, relatam mais sentimentos positivos e tendem a lidar com a doença de maneira mais adaptada, apesar das restrições de lazer. Foi importante o reconhecimento da presença de suporte social como estratégia de adaptação positiva e da importância da percepção do controle de crises como facilitador de contatos sociais e uma convivência normal

ASSUNTO(S)

epilepsia na adolescencia auto-estima psicologia epilepsy on adolescence self concept psychology

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