Avaliação geoecológica do processo de fragmentação dos remanescentes de cerrado na sub-bacia do rio das Garças (MT)
AUTOR(ES)
Mariana Nascimento Siqueira
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
28/02/2012
RESUMO
Analisar os processos de fragmentação nos ecossistemas brasileiros através da abordagem geográfica da ecologia da paisagem demanda, prioritariamente, a utilização do sensoriamento remoto para geração dos dados espaciais de cobertura vegetal e de ocupação do solo, conhecidos como estrutura da paisagem. A sub-bacia hidrográfica do Rio das Garças, integrante da Alta Bacia do Rio Araguaia, em trabalhos anteriores, apresentou os menores índices de fragmentação e degradação em relação às demais subbacias. Por esse motivo, foi realizada análise detalhada da sua estrutura da paisagem através de imagens de satélite (LANDSAT-TM) e de índices descritores da paisagem, adotando uma comparação espacial em sucessão histórica dos anos de 1985, 1995, 2005 e 2010. Adotou-se o software FRAGSTATS, em função de sua complexidade e em consideração à diversidade e capacidade para desenvolver estimativas métricas dos polígonos que representavam os remanescentes do Cerrado e, portanto, auxiliar nas avaliações do estado de fragmentação da vegetação da área. Conclui-se que a sub-bacia estudada apresentou índice crescente de antropização no período, avançando sobre as áreas de vegetação natural, inclusive em áreas legalmente protegidas. Apesar disso, constatou-se que a formação savânica ainda é mais representativa do que as atividades antrópicas, porém, com o aumento da fragmentação muitos remanescentes tendem à homogeneidade e ficam sujeitos aos efeitos de borda. Para sua conservação é necessário reverter essa situação por meio do aumento da fiscalização ambiental, implantação de políticas públicas de conservação, preservação e uso sustentável, além de recuperação das áreas legalmente protegidas.
ASSUNTO(S)
ecologia de paisagem cerrado fragmentação software fragstats remanescentes uso antrópico conservação geografia
ACESSO AO ARTIGO
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