Avaliação dos fatores associados à transmissão vertical de HIV-1

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-12

RESUMO

Resumo Objetivo Comparar a prevalência e os fatores associados à transmissão vertical de HIV-1 entre grávidas tratadas de 1998-2004 e de 2005-2011 em um serviço de referência de cuidado de pacientes com HIV no sul do Brasil. Métodos Estudo descritivo e analítico que usou as bases de dados de laboratórios da Rede Nacional de Laboratórios de CD4 e Carga Viral de DST/Aids do Ministério da Saúde. As grávidas com HIV-1 foram selecionadas em uma pesquisa ativa de informações clínicas e dados obstétricos e neonatais em seus prontuários médicos entre 1998-2011. Resultados Foram analisadas 102 grávidas entre 1998 e 2004 e 251 entre 2005-2011, no total 353 crianças nascidas de grávidas com HIV-1. Observou-se que a transmissão vertical foi de 11,8% entre 1998 e 2004 e de 3,2% entre 2005-2011 (p < 0,001). O maior uso de medicamentos antirretrovirais (p = 0,02), a redução na carga viral (p < 0,001) e o tempo de ruptura de membranas menor do que quatro horas (p < 0,001) foram associados à redução nos fatores de transmissão vertical quando os dois períodos são comparados. Conclusão Observou-se uma redução na taxa de transmissão vertical nos últimos anos. De acordo com as variáveis estudadas, sugere-se que os fatores de risco de transmissão vertical de HIV-1 foram ausência de terapia antirretroviral, alta carga viral das grávidas e tempo de ruptura maior do que quatro horas.

ASSUNTO(S)

vírus da imunodeficiência humana tipo 1 transmissão vertical de infecções grávidas

Documentos Relacionados