Avaliação do nível de conhecimento e de atitudes preventivas da população sobre a leishmaniose visceral em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Cadernos de Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-04

RESUMO

Objetivou-se avaliar o nível de conhecimento e algumas atitudes preventivas em relação à leishmaniose visceral em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, em 2006. Foi feito um estudo de caso-controle, com visitas domiciliares e questionário semi-estrurado. Comparou-se dois grupos: (1) 82 casos humanos de leishmaniose visceral ocorridos em 2004 e (2) 164 controles, constituídos por vizinhos dos casos. A leishmaniose visceral acometeu mais em crianças, com aumento do risco de contrair leishmaniose visceral de 109,77 vezes para menores de dez anos. O homem demonstrou ter 2,57 vezes mais chances de adoecer que a mulher. A escolaridade da população mostrou-se baixa (68,3% não completaram o ensino médio). Cinqüenta por cento dos casos desconheciam-na quando foram infectados e apenas 1,2% conhecia o vetor. Conhecer algo sobre a leishmaniose visceral minimizou o risco de adoecer em 2,24 vezes. Quanto às atitudes de proteção, o risco de se contrair leishmaniose visceral diminui em 1,94 vez para pessoas que mantêm limpos os domicílios ou que levam o cão ao veterinário. Em Belo Horizonte, o conhecimento da população perante a leishmaniose visceral é superficial e as atitudes preventivas inespecíficas.

ASSUNTO(S)

leishmaniose visceral fatores de risco conhecimento prevenção de doenças

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