Avaliação do efeito hipnótico/sedativo e ansiolítico de um extrato seco nebulizado de passiflora alata curtis (passifloraceae) / Evaluation of hypnotic/sedative and anxiolytic effects of a spray-dried extract from Passiflora alata Curtis (PASSIFLORACEAE)
AUTOR(ES)
Fenner, Raquel
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade e ação hipnótico/sedativa e ansiolítica de um extrato seco nebulizado de Passiflora alata (PA) (2,6 % flavonóides totais), administrado pela via oral, nos testes de potenciação do sono barbitúrico, locomoção espontânea, coordenação motora, indução de catatonia, labirinto em cruz elevado, convulsões induzidas por pentilenotetrazol e temperatura corporal. PA foi administrado agudamente nas doses de 300, 600 e 900 mg/kg e por 14 dias, 300 mg/kg. Para avaliação da toxicidade aguda, foram empregadas doses de 600 a 4800 mg/kg. A genotoxicidade foi avaliada em camundongos (150, 300 e 600 mg/kg), pelo ensaio cometa alcalino. PA 300 mg/kg reduziu a latência e potenciou o tempo de sono barbitúrico. Em nenhuma das doses testadas, PA causou redução na locomoção espontânea, efeito catatônico ou prejuízos no desempenho em aparelho de rota-rod. O extrato (300 e 600 mg/kg) apresentou efeito hipotérmico. A administração aguda de PA não foi ativa no labirinto em cruz elevado e a administração repetida (300 mg/kg) provocou efeito ansiogênico. A administração aguda (300 e 600 mg/kg) ou repetida (300 mg/kg) de PA não alterou o número e a severidade das convulsões induzidas por pentilenotetrazol. Na avaliação da toxicidade aguda, não ocorreram mortes até a dose de 4800 mg/kg. Ratos tratados repetidamente com PA não apresentaram alterações significativas em parâmetros bioquímicos, hematológicos e histopatológicos, mas apresentaram sinais de irritabilidade e não mostraram ganho de massa corporal. A administração aguda de PA provocou danos no DNA (classe 4), determinados pelo ensaio cometa, em células do cérebro, fígado e sangue periférico. Os resultados obtidos para o extrato demonstram que PA administrado agudamente apresenta efeito hipnótico desprovido de efeito ansiolítico, sedativo ou comprometimento das funções motoras. Estes resultados podem explicar o efeito relatado pela população como agente indutor de sono, mas não apóiam o uso popular como calmante. Pelo contrário, o efeito ansiogênico e a toxicidade genética observados determinam à necessidade de cautela e a realização de mais estudos para a utilização de P. alata como matériaprima para a produção de medicamentos.
ASSUNTO(S)
passiflora alata passiflora alata : efeito ansiolítico hypnotic effect passiflora alata : efeito hipnótico genotoxicidade anxiogenic effect genotoxicity
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/10183/8569Documentos Relacionados
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