. / Avaliação do comportamento mecânico de próteses fixas provisórias durante e após ensaio de fadiga - efeito de três tipos de reforços (fibra de vidro, fibra de aramida e fio de aço) e duas extensões de pôntico (12,5 e 22,75mm)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A importância das próteses provisórias no tratamento reabilitador oral é inquestionável. Os materiais utilizados para a execução destas restaurações, entretanto, são críticos com relação à resistência e à longevidade, principalmente quando estas são executadas em tratamentos prolongados e/ou em espaços desdentados extensos. A proposta deste trabalho foi determinar através de um ensaio de fadiga e de um teste de resistência à fratura, o efeito do tipo de reforço: fio de aço Ø 0,7 mm, fibra de poli(aramida) (Kevlar®, DuPont - USA) e fibra de vidro (Fibrante®, Ângelus -Brasil) e de duas extensões do pôntico (12,5 e 22,75 mm) sobre o comportamento mecânico de espécimes simulando próteses provisórias. Os grupos foram constituídos de 10 espécimes cada, incluindo um grupo CONTROLE, sem reforço. Os espécimes simulando próteses parciais fixas provisórias foram confeccionados em resina auto-polimerizável com auxílio de uma matriz de aço simulando preparos totais protéticos. As amostras foram submetidas a 10.000 ciclos de fadiga, com carga máxima de 100 N, imersas em água a 37ºC. Através da análise estatística dos resultados observou-se que durante o ensaio de fadiga: 1) quando a extensão do pôntico foi de 22,75 mm, o grupo CONTROLE exibiu uma maior deformação a partir de 500 ciclos. Não foram observadas diferenças quando a extensão do pôntico foi de 12,5 mm. Houve um aumento da deformação em função do número de ciclos para todos os grupos, principalmente para o grupo CONTROLE, de ambas as extensões de pôntico; 2) Somente espécimes do grupo CONTROLE com extensão do pôntico de 22,75 mm demonstraram fraturas à fadiga. E após o ensaio de fadiga, através de um teste de resistência à fratura: 1) Quando a extensão do pôntico foi de 12,5 mm todos os grupos reforçados apresentaram valores médios do limite de elasticidade, em N, significantemente maiores que os demonstrados pelo grupo CONTROLE. Para a extensão do pôntico de 22,75 mm os valores desse parâmetro apresentaram semelhança entre todos os grupos; 2) Em relação à carga máxima (resistência à fratura), quando a extensão do pôntico foi de 12,5 mm o grupo FIBRANTE exibiu o maior valor médio. Quando a extensão do pôntico foi de 22,75 mm, observou-se que o grupo KEVLAR apresentou valores semelhantes neste parâmetro ao grupo FIBRANTE. O grupo CONTROLE sempre apresentou os menores valores médios em ambas as extensões de pôntico. Em relação ao modo de fratura os grupos reforçados apresentaram fraturas mais favoráveis ao reparo, tendo sido do tipo parcial (coesiva da resina sem fratura ou separação do reforço).

ASSUNTO(S)

estresse mecânico restauração dentária temporária acrylic resins resinas acrílicas temporary dental restoration mechanical stress

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