Avaliação de pacientes com queixas comportamentais e cognitivas: erro diagnóstico na Demência Frontotemporal e Doença de Alzheimer
AUTOR(ES)
Beber, Bárbara Costa, Chaves, Márcia L.F.
FONTE
Dement. neuropsychol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-03
RESUMO
RESUMO Introdução: Demência frontotemporal (DFT) é uma síndrome clinicopatológica heterogênea e seu diagnóstico precoce é essencial para o desenvolvimento de estratégias de manejo. Objetivo: Analisar as variáveis associadas ao erro dignóstico em pacientes com DFT, doença de Alzheimer (DA) e sem transtornos neurodegenerativos (STN), avaliados por queixas cognitivas e comportamentais. Métodos: Estudo de caso-controle foi realizado com pacientes com DFT (n=10), provável DA (n=10), e STN (n=10). As variáveis estudadas foram duração da doença, motivo do encaminhamento, diagnóstico prévio, sintomas cognitivos e comportamentais na avaliação especializada, MEEM na avaliação, e desfecho. As análises foram feitas por ANOVA com Bonferroni post-hoc e Qui-Quadrado de Pearson. Resultados: Pacientes com DFT e STN mostraram maior tempo de duração da doença; os principais motivos de encaminhamento no grupo DFT foram problemas comportamentais, memória e memória mais linguagem, enquanto em todos pacientes com DA e 90% do grupo STN foi memória. O grupo DFT teve maiores taxas de erro diagnóstico e piores desfechos no seguimento de 12 meses. A maioria dos pacientes com DA e STN teve sintomas de memória, enquanto pacientes com DFT apresentaram sintomas de linguagem (30%), memória e/ou linguagem (40%) na avaliação. Conclusão: Dificuldade em reconhecer as principais características da DFT e de transtornos psiquiátricos com prejuízo de memória foi observada. Os clínicos tenderam a generalizar queixas de memória em direção a um único diagnóstico, identificando quase todos estes pacientes como tendo DA ou deixando-os sem diagnóstico.
ASSUNTO(S)
demência frontotemporal doença de alzheimer diagnóstico
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