Avaliação das mudanças estruturais no córtex orbitofrontal em relação ao uso excessivo de medicamentos em pacientes com migrânea: um estudo de imagem por tensor de difusão
AUTOR(ES)
Tantik Pak, Aygul; Nacar Dogan, Sebahat; Sengul, Yildizhan
FONTE
Arq. Neuro-Psiquiatr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-06
RESUMO
RESUMO Introdução: A migrânea é uma doença neurológica prevalente que causa fortes dores de cabeça. Além disso, é a mais comum entre as cefaleias primárias que causam cefaleia por uso excessivo de medicamentos (CUEM). O córtex orbitofrontal (OF) é uma das estruturas mais associadas ao uso excessivo de medicamentos. Objetivo: Determinar alterações microestruturais no córtex OF em pacientes com migrânea que desenvolveram CUEM, por meio da técnica de imagem por tensor de difusão (ITD). Métodos: Cinquenta e oito pacientes com diagnóstico de migrânea, com base na Classificação das Cefaleias (ICHD-III-B), foram incluídos no estudo. Os pacientes foram subclassificados em dois grupos, com e sem CUEM, com base nos critérios de CUEM da ICHD-III-B. A ITD foi aplicada a cada paciente. Os valores de anisotropia fracionada OFC (AF) e coeficiente de difusão aparente (CDA) dos dois grupos foram comparados. Resultados: A média de idade de todos os pacientes foi de 35,98±7,92 anos (variação: 18‒65), sendo 84,5% (n=49) do sexo feminino. Os dois grupos, com CUEM (n=25) e sem (n=33), são semelhantes em termos de idade, sexo, história familiar, migrânea com ou sem aura e duração da doença. Verificou-se que houve diferença significativa nos valores de AF do córtex OF esquerdo entre os dois grupos (0,32±0,01 versus 0,29±0,01; p=0,04). Conclusões: Foi encontrada associação entre o CUEM e as alterações na microestrutura do córtex OF. A determinação da neuropatologia e dos fatores associados ao uso excessivo de medicamentos entre pacientes com migrânea é crucial para identificar a população de pacientes em risco e melhorar as estratégias de tratamento adequadas específicas para esses pacientes.
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