Avaliação das atividades linfoproliferativa e citotóxica dos extratos metanólicos e frações de Ipomoea pes-caprae e Vernonia scorpioides / Evaluation of lymphoproliferative and cytotoxic activities of methanol extracts and fractions from Ipomoea pes-caprae and Vernonia scorpioides

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

As plantas medicinais têm sido alvo de estudo na busca por novos agentes terapêuticos na medicina moderna, incluindo agentes imunomoduladores e antitumorais. O presente estudo avaliou o extrato metanólico (EM) e as frações clorofórmio (CLO) e acetato de etila (AE) de Ipomoea pes-caprae e o EM e frações hexano (HEX), diclorometano (DCM) e AE de Vernonia scorpioides quanto à atividade imunomoduladora no teste de linfoproliferação com células esplênicas murinas, estimuladas ou não com fitohemaglutinina (PHA) e quanto à atividade citotóxica em células leucêmicas humanas Jurkat, HL60 e HL60-bcl2. O estudo da atividade imunomodulatória empregou células esplênicas murinas (150.000 células/poço) obtidas pelo rompimento mecânico da cápsula do órgão e incubadas em microplacas de 96 poços a 37 C e 5% de CO2 durante 72 horas com: meio de cultura (controle negativo); PHA (5 μg/mL, controle positivo de proliferação celular); dimetilsulfóxido (DMSO 10%, controle positivo de citotoxicidade); EMs e frações de I. pes-caprae e V. scorpioides (10 μg/mL, 50 μg/mL, 100 μg/mL e 200 μg/mL), isolada e simultaneamente à PHA ou DMSO. A investigação da atividade citotóxica utilizou células leucêmicas humanas (50.000 células/poço) incubadas a 37 C e 5% de CO2 durante 48 horas com: meio de cultura; etoposídeo (10 μM, ETO); DMSO (_0,5%, utilizado como solvente dos EMs e frações); e EMs e frações de I. pes-caprae e V. scorpioides (1μg/mL, 10 μg/mL e 100 μg/mL). A proliferação celular dos ensaios foi quantificada pelo ensaio colorimétrico da redução do MTT (azul de tetrazólio) e expresso em percentagem de crescimento, com os resultados analisados pelos testes Kruskal-Wallis, Mann-Whitney e t não-pareado. A fração CLO de I. pes-caprae mostrou efeito citotóxico nas células esplênicas murinas normais e nas três linhagens de células leucêmicas humanas, enquanto que o EM e a fração AE apresentaram atividade imunoestimuladora nas células normais sem interferir no crescimento das células leucêmicas, sendo a fração AE cerca de 4 vezes mais eficiente (p<0,01). O EM e as frações DCM e HEX de V. scorpioides inibiram a proliferação de células esplênicas murinas e mostraram atividade citotóxica frente às células tumorais, exceto a fração HEX frente às células Jurkat. Nas células normais a atividade citotóxica da fração HEX foi 2 vezes maior que EM e demais frações (p<0,05), enquanto que nas células leucêmicas a fração DCM foi no mínimo 2 vezes mais citotóxica que o EM e demais frações (p<0,05). A fração AE desta espécie mostrou atividade citotóxica seletiva, inibindo o crescimento de células tumorais e estimulando a proliferação das células esplências murinas normais. A superexpressão da proteína bcl2 parece ser modulada por componente(s) presente(s) em ambas as plantas, sugerindo indução de morte celular por apoptose. A continuidade do estudo biomonitorado com as frações de I. pes-caprae e de V. scorpioides permitirá identificar o(s) constituinte(s) responsável(is) pelas atividades imunoestimuladora e citotóxica encontradas

ASSUNTO(S)

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