Avaliação da progressão da atrofia de estruturas do lobo temporal nas epilepsias de lobo temporal / Evaluation of the progression of the atrophy of structures of the secular wolf in the epilepsies of secular wolf

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

As epilepsias atingem cerca de 1 a 2% da população. Cerca de 60% dos pacientes com epilepsia apresentam epilepsias parciais. Dentre as epilepsias parciais, a forma mais comum é a epilepsia do lobo temporal (ELT), por esse motivo que as outras epilepsias são chamadas de extratemporais. Recentemente, com o advento da imagem por ressonância magnética (RM), lesões estruturais, que até então não eram diagnosticadas antes da cirurgia, têm sido facilmente detectadas. Estudos volumétricos anteriores indicam que crises parciais repetidas durante a vida (com exceção de estado de mal epiléptico) não causam aumento da atrofia da amígdala ou hipocampo, enquanto que estudos mais recentes, utilizando técnica de morfometria baseada em voxel, indicam progressão da atrofia de estruturas do lobo temporal e extra-temporais Além disso, existem trabalhos que dão suporte à hipótese de que os mesmos mecanismos patogênicos durante a embriogênese ou maturação peri- e pós-natal podem explicar a ocorrência concomitante de epilepsias e outros tipos de lesões estruturais. Neste trabalho realizamos um estudo longitudinal em longo prazo, em uma série de pacientes com epilepsias parciais para avaliar a progressão da atrofia em estruturas do lobo temporal, usando o programa Display que é um programa semi-automático de volumetria por ressonância magnética. Na comparação entre controles e pacientes, observamos atrofia hipocampal e de amígdala ipsilateral ao foco epileptogênico, bem como atrofia contralateral ao foco epileptogênico do hipocampo e do lobo temporal anterior. Não houve diferença significativa no volume dos giros parahipocampais dos pacientes comparados aos controles. Das quatro estruturas analisadas, o hipocampo foi a única que mostrou índice de assimetria diferente dos controles. Na análise de RM repetidas não houve diferença entre volumes destas quatro estruturas no grupo controle. Na comparação entre as duas RMs no grupo dos pacientes, encontramos redução significativa de volume dos lobos temporais de forma simétrica. Encontramos ainda uma discreta progressão da atrofia do giro parahipocampal esquerdo e hipocampo direito nos pacientes com ELT. No entanto, não detectamos progressão da atrofia de amígdala. A ausência de progressão das estruturas mais acometidas na ELT pode ser explicada pelo longo tempo de epilepsia destes pacientes, com eventual efeito de saturação da atrofia, ou eventualmente por falta de sensibilidade da técnica em detectar graus sutis de progressão de atrofia, ou ainda pelo curto intervalo entre os exames de RM. Este estudo confirma a progressão de atrofia em estruturas mesiais do lobo temporal em pacientes com ELT.

ASSUNTO(S)

epilepsia ressonância magnética volumetria epilepsy magnetic resonance volumetry

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