Avaliação da N-acetil-beta-D-glucosaminidase urinária como marcador de dano renal precoce em pacientes com diabetes melito tipo 2

AUTOR(ES)
FONTE

Arq Bras Endocrinol Metab

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-11

RESUMO

Objetivo Avaliar a utilidade clínica da excreção urinária da N-acetil-beta-D-glucosaminidase (NAG) para a detecção de dano tubular precoce no diabetes melito tipo 2 (DM2). Sujeitos e métodos Foram estudados trinta e seis pacientes com DM2 que se dividiram em dois grupos com base na excreção urinária de albumina (EUA): normoalbuminúrico (EUA <30 mg/g de creatinina; n=19) e microalbuminúrico (EUA =30‐300 mg/g de creatinina; n=17). Em ambos os grupos foram determinados os seguintes parâmetros: NAG e albumina urinária, creatinina sérica e urinária, glicemia de jejum e hemoglobina glicada (HbA1c). Resultados Os níveis de NAG urinária [unidades/g de creatinina; mediana (intervalo interquartílico)] foram significativamente maiores no grupo microalbuminúrico [17,0 (5,9 - 23,3)] em comparação com o grupo normoalbuminúrico [4,4 (1,5 - 9,2)] (p<0,001). Não se observaram diferenças significativas entre os dois grupos nos níveis de glicemia de jejum, HbA1c, creatinina sérica e taxa de filtração glomerular estimada (TFGe). A NAG urinária se correlacionou positivamente com o EUA (r=0,628, p<0,0001), não sendo observada associação significativa da NAG com glicemia, HbA1c, creatinina sérica e TFGe. Conclusões O aumento da NAG urinária na fase de microalbuminúria da nefropatia diabética (ND) sugere que a disfunção tubular já está presente nesse período. A associação positiva significativa entre a excreção urinária da NAG e EUA indica a possível aplicação clínica da NAG urinária como marcador complementar para a detecção precoce da ND no DM2.

ASSUNTO(S)

nefropatia diabética diabetes melito tipo 2 disfunção tubular n-acetil-beta-d-glucosaminidase microalbuminúria

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