Avaliação da espessura da coroide em pacientes com síndrome da apnéia/hipopnéia obstrutiva do sono
AUTOR(ES)
Kara, Selcuk, Ozcimen, Muammer, Bekci, Taha Tahir, Sakarya, Yasar, Gencer, Baran, Tufan, Hasan Ali, Arikan, Sedat
FONTE
Arq. Bras. Oftalmol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-09
RESUMO
Objetivo: Comparar a espessura da coróide subfoveal (subfoveal choroidal thickness - SFCT) de pacientes com diferentes gravidades de síndrome de apnéia/hipopnéia obstrutiva do sono (obstructive sleep apnea/hypopnea syndrome - OSAHS) e controles normais por meio da tomografia de coerência óptica com profundidade de imagem aprimorada (enhanced depth imaging optical coherence tomography - EDI-OCT). Métodos: Neste estudo retrospectivo caso-controle, foram incluídos 49 olhos de 49 pacientes submetidos a polissonografia. A espessura da coroide subfoveal nas linhas horizontais e verticais de rastreamento foi medida manualmente em todos os olhos, com base nas imagens de EDI-OCT. De acordo com o índice de apnéia/hipopnéia (AHI), duas análises separadas foram realizadas: com dados de pacientes sem OSAHS, com OSAHS leve (5≤AHI<15), com OSAHS moderado (15≤AHI<30) e com OSAHS grave (AHI≥30) e com dados de pacientes sem OSAHS, com OSAHS leve (5≤AHI<15) e com OSAHS moderada e grave (AHI≥15). Resultados: A média de SFCT foi de 314,5 μm nos pacientes sem OSAHS (n=14), 324,5 μm em pacientes com OSAHS leve (n=15), 269,3 μm em pacientes com OSAHS moderada (n=11) e 264,3 μm em pacientes com OSAHS grave (n=9). Não houve diferença significativa entre a SFCT dos quatro grupos, apesar do discreto afinamento no grupo severo (p=0,08). Quando os grupos moderados e graves foram fundidos e comparados com os grupos sem OSAHS e com OSAHS leves, SFCT do grupo moderado/ grave foi significativamente mais fino do que o do grupo leve (p=0,016). Foi encontrada uma correlação negativa significativa entre SFCT e AHI em pacientes com OSAHS (r=0,368, p=0,033). Conclusões: Em pacientes com OSAHS moderada/grave, a EDI-OCT revelou um SFCT afinado. Outras doenças sistêmicas ou oculares associadas podem induzir a deficiência de fluxo sanguíneo e oxigenação nos olhos de pacientes com OSAHS. Mais estudos são necessários para encontrar a relação exata entre doenças oculares e graus clínicos de OSAHS.
ASSUNTO(S)
síndromes da apnéia do sono tomografia de coerência óptica coroide/patologia tonometria ocular polissonografia
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