Avaliação da dor oncológica: estudo comparativo com pacientes internados em um hospital de referência em Natal/RN

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/11/2010

RESUMO

Estudo de caráter quase experimental, com dados prospectivos, comparativo e de abordagem quantitativa, realizado em um hospital de referência, objetivando: identificar a efetividade da Escala de Estimativa Numérica (NRS) e do Questionário para dor de McGill (MPQ), utilizados simultaneamente, para avaliar um grupo de pacientes com dor oncológica (Grupo Experimental); identificar a efetividade da Escala de Estimativa Numérica (NRS) para avaliar um grupo de pacientes com dor oncológica (Grupo-Controle); identificar a resolutividade da dor de acordo com a medicação prescrita, considerando o resultado das escalas de avaliação, e compará-la entre os dois grupos de pacientes estudados. A população constou de 100 pacientes, tanto o grupo experimental como o de controle sendo compostos por 50 pessoas, com dados coletados de fevereiro a abril de 2010. Os resultados mostram que, no grupo experimental, 32% dos pacientes estavam na faixa de 60 a 69 anos, sendo 80% de mulheres; 30% possuíam tumor primário na mama, 58% timham metástase, e em 70% a doença estava locorregional. Na primeira avaliação da dor, 26 % a identificaram como leve; 46%, moderada; e 28%, severa; com média de 5,50. Na segunda avaliação da dor, 2% tiveram ausência de dor; 70%, leve; 26%, moderada; e 2%, severa; com média de 3,30. Naqueles com dor moderada, 60% utilizaram medicamentos não opioides, 25% com dor severa foram medicados com não opioides e 41,67% com opioides fracos. Em relação ao Índice de Controle da Dor (PMI), 44,0% tiveram valor -1. No grupo controle, 28% estavam na faixa etária entre 40 a 49 anos, e 54% eram homens; 20% tinham tumor primário na mama e geniturinário, consecutivamente; 56% apresentaram metástase; em 64% a doença estava locorregional. Na primeira avaliação da dor, 14% a consideraram leve; 42%, moderada; e 44% severa; com média de 6,26. Na segunda avaliação da dor, 18% não apresentaram esse sinal; em 38% a dor foi leve; 40%, moderada; e 4%, severa; com média de 3,0. Em relação à terapia medicamentosa, 71,43% com dor moderada utilizaram não opioide, 22,73% com dor severa usaram não opioide e 27,27% opioide fraco. Considerando o PMI, 42% apresentaram índice -1; e 42%, valor 0. Concluímos, que apesar da importância da dor como 5 sinal vital, ela continua sendo subidentificada e subtratada pelos profissionais. Entretanto, os pacientes oncológicos estudados tendiam a reportar a dor com mais facilidade quando avaliados com o instrumento NRS do que quando havia o uso combinado da NRS e do MPQ. Contudo, acreditamos que a junção desses dois instrumentos representa uma avaliação mais eficaz da dor, por compreender as suas faces quantitativa e qualitativa. Recomendamos, porém, que este estudo seja replicado com uma população maior, por um período de tempo mais longo, e, consequentemente, gerando mais avaliações, para que se possa confirmar ou não a hipótese de que a NRS e o MPQ, juntos, avaliem melhor a dor do paciente oncológico

ASSUNTO(S)

enfermagem medição da dor neoplasia enfermagem nursing pain measurement neoplasms

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