Avaliação da dor pós-operatória: análise em pacientes submetidos a cirurgias abdominais em um hospital universitário de Natal/RN
AUTOR(ES)
Fatima Haryanny Gomes Rufino
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
05/11/2010
RESUMO
Estudo exploratório descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido entre fevereiro e maio de 2010, com o objetivo de avaliar a dor dos pacientes submetidos a cirurgias abdominais em um Hospital Universitário, em Natal/RN; identificar a localização e a intensidade dolorosa mensurada pela Escala de Estimativa Numérica; analisar a dor nas dimensões sensorial-discriminativa, motivacional-afetiva e a cognitivo-avaliativa, utilizando o Questionário para dor McGill; relacionar o processo álgico com a idade, sexo, religião e tipo de abordagem cirúrgica; identificar a efetividade da medicação utilizada no alívio da dor pós-operatória. A amostra constou de 253 pacientes submetidos a cirurgias abdominais. Os resultados mostraram que 63,63% eram mulheres, entre 38 e 47 anos (21,34%); não alfabetizados (21,73%), casadas (64,03%), procedentes da grande Natal (67,97%) e católicas (74,30%). Na primeira avaliação, 84,19% apresentaram dor pós-operatória; 18,97% apresentaram dor leve; 21,74% moderada e 43,48% severa. A média do número de descritores escolhidos através do Questionário de Dor McGill foi 10,78 (DP= 6,09) e o índice de dor 23,65 (DP= 15,93). Os descritores escolhidos com maior frequência foram: dor enjoada (69,01%), cansativa (65,25%), fina (62,44%), aborrecida (58,69%), ardor (46,48%), pontada (38,50%) e cólica (35,21%). Na segunda avaliação, 57,71% pacientes não referiram dor pós-operatória e 42,29% continuaram com queixas de dor. Apenas 41,90% dos pacientes tiveram sua dor totalmente aliviada após administração do analgésico. Os grupos farmacológicos mais utilizados foram os analgésicos simples 37,86%, opióides fracos 32,98%, AINES 19,85% e opióides fortes 9,31%. Não encontramos relação significativa entre a variável dor pós-operatória com o sexo, religião e tipo de abordagem cirúrgica. Concluímos que houve uma alta prevalência de dor pós-operatória, principalmente a de intensidade severa. A dor foi efetivamente aliviada em menos da metade dos pacientes. Dessa forma, percebemos que não existia coerência entre a intensidade da dor do paciente e o analgésico administrado para o seu alívio. A educação permanente dos profissionais de saúde deverá ser uma das ações mais eficazes para evitar ou minimizar a ocorrência desse evento
ASSUNTO(S)
medição da dor dor pós-operatória enfermagem enfermagem pain measurement postoperative pain nursery
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