Avaliação da dificuldade técnica e dor na inserção de sistema intrauterino liberador de levonorgestrel = : Evaluation of pain and technical difficulties at insertion of the levonorgestrel-releasing intrauterine system / Evaluation of pain and technical difficulties at insertion of the levonorgestrel-releasing intrauterine system

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/08/2012

RESUMO

Introdução: A anticoncepção intrauterina é um método bastante eficiente, porém sub-utilizada. Uma das causas que diminuem seu uso são as dificuldades que o profissional enfrenta no momento da inserção bem como a dor que a paciente sente durante o procedimento. Recentemente o sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU-LNG) foi introduzido como uma nova opção de dispositivo intrauterino com características que ampliaram a indicação e uso do mesmo. A introdução do SIU-LNG retomou a discussão sobre seu uso em cada vez mais mulheres inclusive nas nunca engravidaram. Objetivo: Identificar e comparar as dificuldades técnicas na inserção do SIU-LNG e o grau de dor referida entre nuligestas e multíparas com e sem cesárea anterior. Métodos: Setenta e quatro mulheres que procuraram o serviço de planejamento familiar do CAISM/UNICAMP para primeira colocação de SIU - LNG como método anticoncepcional (MAC) foram incluídas no estudo, de Maio a Dezembro de 2011. As mulheres foram divididas em três grupos: 23 nuligestas, 28 multíparas com antecedente de cesárea e 23 sem antecedente de cesárea. Após serem submetidas à inserção do SIU-LNG foi pedido que classificassem a dor segundo a Escala Visual Analógica (EVA) de 0 (sem dor) a 10 (maior dor possível). No retorno, entre 45 e 60 dias após a inserção, foram questionadas novamente sobre a dor que sentiram no dia da inserção segundo o mesmo score. O profissional responsável pela inserção classificou a inserção em fácil, com dificuldade esperada, mais difícil que o esperado ou impossível de realizar inserção. O mesmo também classificou a causa da dificuldade encontrada em: estenose cervical, irregularidade da cavidade uterina, dor da paciente, reação vagal. Foi realizada uma análise de comparação de médias entre os três grupos sobre a dor e de características clínicas que poderiam estar associadas com a mesma. Grau de significância 5% com poder do teste de 80%. Resultados: Todas as mulheres referiram dor no momento da inserção. Não houve diferença nas médias de dor de acordo com paridade ou via de parto. Não houve diferença também quando classificamos a dor em leve, moderada ou severa. Apesar da dor, 93% das mulheres referiram que submeteriam-se novamente a inserção do SIU-LNG tanto no momento da inserção como um mês após. A média de dor referida após um mês foi semelhante entre os grupos e não foi significativamente menor do que imediatamente após a inserção. Nas nuligestas o tipo de dificuldade mais encontrada foi estenose cervical, nas multíparas com cesárea anterior foi irregularidade da cavidade uterina e nas multíparas sem cesárea anterior foi dor da paciente no momento da inserção. Não houve maior dificuldade de inserção em nenhum dos grupos. Não houve associação de algum dos tipos de dificuldade com maiores média de dor. Conclusões: Todas as mulheres independente da paridade ou via e parto referiram dor no momento da inserção do SIU-LNG. A dor não consistiu em um empecilho para a escolha do SIU-LNG. A principal causa de dificuldade variou de acordo com a paridade. A inserção do SIU-LNG é possível para todos os grupos de pacientes.

ASSUNTO(S)

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