Avaliação da consciência fonológica em crianças com Síndrome de Down

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A amostra foi constituída de onze crianças portadoras da síndrome (idade cronológica média: 9 anos e 10 meses), as quais foram avaliadas quanto à consciência fonológica, nível de escrita, memória de trabalho auditiva e inteligibilidade de fala. O instrumento utilizado neste estudo para avaliar a consciência fonológica apresenta tarefas divididas em nível da sílaba e nível do fonema, a seqüência das mesmas segue o grau de dificuldade de crianças com desenvolvimento típico. O tempo de letramento escolar das crianças, referente ao tempo de contato com o ensino da língua escrita em contexto formal, foi obtido através de um questionário aplicado aos pais ou responsáveis e de contato com as escolas dos integrantes. Os resultados mostraram que os sujeitos deste estudo apresentaram níveis mensuráveis de consciência fonológica através da aplicação do CONFIAS. Os participantes apresentaram maior facilidade na resolução de tarefas que exigiam consciência silábica. Tarefas que requerem manipulação de constituintes fonológicos, tanto no nível silábico quanto fonêmico, foram difíceis para os sujeitos desta pesquisa. A seqüência (grau de dificuldade) das tarefas do nível da sílaba do CONFIAS foi diferente para as crianças com síndrome de Down avaliadas. Os indivíduos deste estudo apresentaram diferentes hipóteses de escrita, as quais apresentaram associação positiva significativa com os escores da avaliação da consciência fonológica. O desempenho dos sujeitos com síndrome de Down na avaliação da consciência fonológica foi significativamente inferior ao de crianças com desenvolvimento típico, apesar de mesma hipótese de escrita. Os escores da avaliação da consciência fonológica apresentaram uma correlação positiva significativa com as medidas de memória de trabalho auditiva. A inteligibilidade de fala também mostrou, ao contrário do tempo de letramento escolar, associação significativa com a consciência fonológica. Pode-se dizer, então, que, para os participantes deste estudo, o aprendizado da escrita, o segmento a ser analisado, a memória de trabalho auditiva e a inteligibilidade de fala influenciaram o desempenho dos participantes na avaliação da consciência fonológica. A partir de resultados deste estudo foi possível concluir que a consciência silábica pode aprimorar-se com a alfabetização em sujeitos com síndrome de Down. Já a consciência fonêmica parece surgir como resultado do aprendizado da escrita

ASSUNTO(S)

linguagem - crianÇas pessoas portadoras de deficiÊncia mental lingÜÍstica aplicada escrita - aprendizagem letras fonologia - crianÇas sÍndrome de down

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