Avaliação da atividade antimicrobiana in vitro e da resposta do complexo dentinopulpar in vivo após capeamento direto com Aloe vera L. em ratos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Dentro da grande biodiversidade vegetal destaca-se o Aloe vera L. com propriedades antimicrobianas, antiinflamatórias e regenerativas de grande valor na medicina. Este estudo teve por objetivo a preparação de um material, sua avaliação da atividade antimicrobiana in vitro e da resposta do complexo dentino-pulpar in vivo após capeamento pulpar direto com Aloe vera L. em ratos. Desta forma, foram preparados: um sumo puro, um gel que usou como base de hidroxietil celulose e pó liofilizado da polpa do Aloe vera L. para determinar a atividade antimicrobiana do material obtido. Os microorganismos testados foram: Streptococcus mutans (UFRJ), Enterococcus faecalis (ATCC14508), Staphylococcus aureus (ATCC 27664), Lactobacillus casei (ATCC 7469), Cândida albicans (ATCC18804) e Actinobacillus actinomycetemcomitans (Y4FDC). Os resultados da avaliação microbiológica mostraram que o Aloe vera L. liofilizado teve atividade antimicrobiana efetiva contra os microorganismos testados quando comparado com o sumo e o gel, e esta ação foi efetiva até 24 horas. Em virtude deste resultado procedeu-se à avaliação in vivo. A resposta do tecido pulpar após capeamento direto com Aloe vera L em dente de rato foi avaliado histológicamente e corados com a técnica H&E nos períodos de 1, 7, 14 e 30 dias. Como grupo controle positivo foi utilizado o Ca(OH)2 e como controle negativo nenhuma substância. O grupo capeado com Aloe vera L. mostrou infiltrado inflamatório agudo leve a moderado no primeiro dia o qual tornou-se crônico moderado desde dia 7 em diante e no grupo capeado com Ca(OH)2, no primeiro dia, o infiltrado inflamatório agudo foi severo acompanhado com necrose superficial. A partir do dia 7 em diante mudou para crônico moderado. Os resultados desta avaliação mostraram que o capeamento da polpa com Aloe vera L. liofilizado estimulou a formação de dentina reparadora 30 dias após, com a formação de ponte adjacente ao material em 87% das polpas. Esta resposta foi análoga à produzida pelo Ca(OH)2 sendo que 95% dos casos formaram de ponte dentinária (n=24). O grupo controle negativo revelou necrose parcial ou total da polpa em 93%. Devido à formação de ponte completa e à presença de inflamação compatível com o processo de resolução para a saúde, esses resultados apóiam a reivindicação de que Aloe vera L. liofilizado é um material com capacidade de induzir a formação de dentina reparadora. Desta forma, foi possível concluir que o Aloe vera L apresentou ação antimicrobiana in vitro e biocompatibilidade com os tecidos pulpares in vivo, estimulando sua regeneração, indicando-o como proposta de estudo de um novo material para capeamento pulpar na conservação do complexo dentino-pulpar.

ASSUNTO(S)

liofilização decs. capeamento da polpa dentária teses. clínica odontológica teses. aloe decs.

Documentos Relacionados