AvaliaÃÃo dos efeitos farmacolÃgicos de (-)- mentol em modelos comportamentais e de gastroproteÃÃo em camundongos / Assessment of the effects of (-)-menthol on behavioral and gastroprotective models in mice.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/11/2009

RESUMO

O mentol, constituinte majoritÃrio da hortelÃ-pimenta, foi avaliado em modelos animais para investigar sua atividade no sistema nervoso central atravÃs de modelos experimentais animais para depressÃo, ansiedade, sedaÃÃo e convulsÃo, tais como, nado forÃado (NF), suspensÃo da cauda (SC), campo aberto, labirinto em cruz elevado (LCE), rota rod, tempo de sono induzido por pentobarbital e convulsÃo induzida por pentilenotetrazol. Dos efeitos comportamentais tambÃm foi avaliado o papel da gastroproteÃÃo, o qual buscou-se investigar os mecanismos de aÃÃo envolvidos, jà que hà indÃcios, mas poucos estudos referentes a esse efeito. (-)- Mentol foi administrado de forma aguda em todos os testes por via intraperitoneal, nas doses de 25 e 50 mg/kg, e no caso do NF tambÃm foi utilizado na dose de 10 mg/kg. Para o estudo da atividade gastroprotetora, (-)-mentol foi administrado por via oral nas doses de 100 e 200 mg/kg. A Ãlcera gÃstrica foi induzida pela administraÃÃo de 0,2 ml de etanol absoluto ou indometacina (20mg/kg). Os resultados mostraram que no NF e SC, (-)-mentol apresentou efeito antiimobilidade em todas as doses. No teste do campo aberto, (-)-mentol aumentou o nÃmero de travessias nas doses de 25 e 50 mg/kg, com nenhum efeito significativo na dose de 10 mg/kg. Houve tambÃm aumento de rearing e diminuiÃÃo de grooming. O mecanismo de aÃÃo de anti-imobilidade do mentol parece estar envolvido com os sistemas dopaminÃrgico e noradrenÃrgico, talvez com uma possÃvel ativaÃÃo dos receptores dopaminÃrgicos do tipo D2, e noradrenÃrgico, provavelmente por ativaÃÃo dos receptores adrenÃrgicos do tipo 1. No rota rod, em todas as doses, a coordenaÃÃo motora dos animais nÃo foi alterada. No LCE, (-)-mentol nÃo houve alteraÃÃo em nenhum parÃmetro. No tempo de sono induzido por pentobarbital, (-)- mentol reduziu o efeito sedativo/hipnÃtico do pentobarbital sÃdico. Na convulsÃo induzida por pentilenotetrazol aumentou a latÃncia de morte. A administraÃÃo oral de (-)-mentol 100 e 200 mg/kg foi capaz de proteger dos danos na mucosa gÃstrica pelo prÃ-tratamento com etanol e indometacina. AdministraÃÃo prÃvia de glibenclamida (10 mg/kg, i.p.) foi capaz de reverter a gastroproteÃÃo promovido por (-)-mentol 200 mg/kg na Ãlcera induzida por etanol. No entanto, prÃ-tratamento com L-NAME (10 mg/kg, i.p.) nÃo foi capaz de reverter efeito gastroprotetor do (-)-mentol. A dosagem de GSH gÃstrico mostrou que os nÃveis de GSH aumentaram com a administraÃÃo de (-)-mentol. O presente estudo fornece evidÃncias hà uma aÃÃo psicoativa de mentol no NF e esta parece ser dependente da sua interaÃÃo com os sistemas noradrenÃrgico (α1) e dopaminÃrgico (D2). Em conjunto, estes resultados sugerem que o mentol apresenta, provavelmente aÃÃo estimulante no SNC, e à desprovida de efeito ansiolÃtico e tem provÃvel aÃÃo anticonvulsivante. A gastroproteÃÃo promovida por (-)-mentol pode estar associada à abertura dos canais K+ dependentes de ATP e ao aumento da quantidade de GSH.

ASSUNTO(S)

farmacologia mentha piperita (-) âmenthol efeito antidepressivo efeito anticonvulsivante gastroproteÃÃo mentha piperita (-)-menthol antidepressant anticonvulsant gastroprotective action Ãlcera gÃstrica dopanina

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