AvaliaÃÃo dos efeitos farmacolÃgicos de (O-Metil)-N-2-Hidroxi-Benzoil Tiramina (Riparina Ii) de Aniba riparia (Nees) Mez (Lauraceae) em modelos comportamentais de ansiedade e depressÃo em camundongos. / Evaluation of Pharmacological Effects of (O-Methyl)-N-2-hydroxy-benzoyl-tyramine (riparin II) from Aniba riparia (Nees) Mez (Lauraceae) on behavioral models of anxiety and depression in mice

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/07/2008

RESUMO

A riparina II, alcamida isolada do fruto verde de Aniba riparia, foi avaliada em modelos animais clÃssicos para screening de drogas com atividade em ansiedade, depressÃo, sedaÃÃo e convulsÃo, tais como, campo aberto, rota rod, labirinto em cruz elevado (LCE), placa perfurada, nado forÃado, suspensÃo da cauda, tempo de sono induzido por pentobarbital e convulsÃo induzida por pentilenotetrazol. A riparina II foi administrada de forma aguda em todos os testes, nas doses de 25 e 50 mg/kg, e na dose de 75mg/kg nos testes do campo aberto, rota rod, pluz maze e suspensÃo da cauda, atravÃs das vias oral e intraperitoneal. Os resultados mostraram que esta alcamida nÃo alterou a atividade locomotora e o grooming, mas diminuiu o nÃmero de rearing, no teste do campo aberto, sugerindo um possÃvel efeito ansiolÃtico. No LCE e no teste da placa perfurada, a riparina II comprovou seu efeito ansiolÃtico, pois aumentou todos os parÃmetros analisados no LCE, como NEBA, PEBA, TPBA e PTBA, assim como o nÃmero de head dips na placa perfurada. Este efeito està possivelmente relacionado com o sistema gabaÃrgico jà que o flumazenil, antagonista dos receptores GABAA/BenzodiazepÃnico, reverteu o efeito ansiolÃtico da riparina II no LCE. A avaliaÃÃo sedativa/hipnÃtica da riparina II, no teste do tempo de sono induzido por pentobarbital, mostrou uma potencializaÃÃo do sono, que parece estar envolvido com processos farmacocinÃticos ou com mecanismos de regulaÃÃo do sono, jà que o efeito sedativo nÃo foi corroborado no campo aberto. No teste da convulsÃo induzida por pentilenotetrazol, a riparina II protegeu parcialmente os animais da convulsÃo, assim como prolongou o tempo de vida, e, em alguns casos, atà impediu a morte dos animais. Esse resultado sugere um efeito anticonvulsivante da riparina II, possivelmente relacionado com o sistema gabaÃrgico, visto que hà um envolvimento desta substÃncia com os receptores GABAA/BenzodiazepÃnico mostrado no LCE. A riparina II tambÃm parece apresentar um efeito antidepressivo, pois no teste do nado forÃado e suspensÃo da cauda, esta substÃncia diminuiu o tempo de imobilidade dos animais. O efeito antidepressivo da riparina II parece estar envolvido com o sistema dopaminÃrgico e noradrenÃrgico. Os antagonistas dos receptores dopaminÃrgicos do tipo D1 e D2, SCH23390 e sulpirida, reverteram o efeito da riparina II no nado forÃado. O antagonista dos receptores adrenÃrgicos do tipo α1, prazosina, reverteu o efeito da riparina II no nado forÃado. Por outro lado, o antagonista adrenÃrgico do tipo α2, ioimbina, nÃo reverteu esse efeito. Esses resultados sugerem, entÃo, que o efeito antidepressivo desta alcamida, se dà pelo envolvimento com os sistemas dopaminÃrgico, receptores D1 e D2, e noradrenÃrgico, especificamente com os receptores do tipo α1. Em conclusÃo, esses efeitos mostraram que a riparina II apresenta efeito ansiolÃtico e anticonvulsivante, provavelmente relacionado com o sistema gabaÃrgico e efeito antidepressivo, provavelmente relacionado com os sistemas dopaminÃrgico e noradrenÃrgico.

ASSUNTO(S)

farmacologia lauraceae laurus antidepressivo ansiolÃticos plantas medicinais lauraceae lourus antidepressive agents anti-anxiety agents plants, medicinal

Documentos Relacionados