AvaliaÃÃo dos efeitos antiinflamatÃrio, hipoglicemiante e hipolipemiante da lovastatina em roedores / EVALUATION OF HIPOGLICEMIC AND ANTIINFLAMMATORY ACTIONS OF LOVASTATIN IN RODENTS
AUTOR(ES)
Danilo Oliveira GonÃalves
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
09/06/2008
RESUMO
Os efeitos antiinflamatÃrio, hipoglicemiante e hipolipemiante da lovastatina foram avaliados sobre os modelos da peritonite e edema de pata induzidos por carragenina 1% e modelo de diabetes mellitus induzida por aloxano. A lovastatina reduziu o edema de pata, expresso em mL, induzido por carragenina 1% com as doses de 2, 5 e 10 mg/kg na 2 h (1,33  0,12; 1,03  0,19; 1,19  0,21; respectivamente), na 3 h (2,30  0,17; 1,76  0,23; 1,93  0,21) e 4 h (2,44  0,12; 1,85  0,21; 2,06  0,35) em comparaÃÃo ao grupo controle (1,83  0,21; 2,86  0,24 e 3,26  0,13). A indometacina (20 mg/kg), utilizada como droga de referÃncia, tambÃm reduziu o edema nas horas citadas (0,96  0,09; 1,28  0,23 e 1,36  0,17). A lovastatina reduziu a migraÃÃo de neutrÃfilos induzida pela carragenina nas doses de 2 mg/kg (16,0  2,1 x 103/mm3), 5 mg/kg (16,1  2,0 x 103/mm3) e 10 mg/kg (15,5  2,3 x 103/mm3) em comparaÃÃo ao grupo controle (58,7  10,5 x 103/mm3). A dexametasona (1mg/kg) utilizada como padrÃo apresentou resultado semelhante (14,3  3,5 x 103/mm3). Para avaliaÃÃo dos efeitos hipoglicemiante e hipolipemiante induziu-se o distÃrbio metabÃlico atravÃs da injeÃÃo de aloxano (40 mg/kg. i.v.) e utilizou-se diferentes esquemas de tratamento com lovastatina. Sobre o tratamento curativo a lovastatina reduziu a hiperglicemia causada pelo aloxano no quinto dia de tratamento com as doses de 2 mg/kg (reduÃÃo de 41,7%), 5 mg/ kg (43,3%), 10 mg/kg (45,3%) e 20 mg/kg (42,2%). O controle manteve a hiperglicemia (334,1  27,7; 335,5  24,1). Efeitos semelhantes foram encontrados sobre os nÃveis de triglicerÃdeos: 2 mg/kg (reduÃÃo de 70%), 5 mg/kg (55,4%) e 10 mg/kg (47,6%) e 20 mg/kg (31%); sobre os nÃveis de colesterol: 2 mg/kg (reduÃÃo de 33,6%), 5 mg/kg (36,7%), 10 mg/kg (35%) e 20 mg/kg (39,8%); Sobre a AST: 2 mg/kg (reduÃÃo de 36%), 5 mg/kg (45%), 10 mg/kg (43%) e 20 mg/kg (37,8%). Sobre a ALT somente a dose de 20 mg/kg mostrou reduÃÃo (38,9%). Foi realizado um tratamento preventivo onde ratos foram previamente tratados por 5 dias com lovastatina 2mg/kg e em seguida induziu-se o diabetes. A lovastatina preveniu o aparecimento da hiperglicemia (170,7  28,2 mg/dL) em comparaÃÃo ao controle (312,4  22,0). O mesmo ocorreu em relaÃÃo aos triglicerÃdeos (252,8  46,7 e 461,3  34,7; LOV e veÃculo, respectivamente) e colesterol (112,4  9,7 e 191,6  18,9), contudo nÃo houve diferenÃa entre os grupos em relaÃÃo à AST (34,4  1,3 e 35,7  2,1 UI/L) e ALT (44,2  1,1 e 43,9  1,2 UI/L). TambÃm foi realizado um tratamento sub-crÃnico por 23 dias com lovastatina apÃs a induÃÃo do diabetes. Os parÃmetros foram analisados no dia 0, dia 5 e dia 23. Sobre a glicemia as doses de 2 mg/kg (309,2  30,5; 172,0  38,0 e 176,7  33,1) e 5 mg/kg (346,3  21,5; 226,7  25,8 e 125,8  20,4) mostraram reduÃÃo em comparaÃÃo ao controle (373,0  47,5; 347,5  26,2 e 338,6  25,3). O mesmo ocorreu com os triglicerÃdeos: 2 mg/kg (373,1  97,6; 67,0  48,4 e 179,8  40,3), 5 mg/kg (606,9  102,0; 195,2  30,5 e 56,1  10,0) e controle (573,0  27,2; 485,7  54,2 e 459,7  33,7); colesterol: 2 mg/kg (108,0  8,4; 74,0  5,8 e 73,4  5,1), 5 mg/kg (117,5  7,2; 75,9  4,9 e 74,3  6,4) e controle (130,0  6,3; 121,8  4,9 e 116,4  7,8). O tratamento mostrou efeito somente sobre a AST: 2 mg/kg (30,4  2,3; 38,4  3,4 e 29,4  1,1), 5 mg/kg (38,7  7,7; 46,7  3,5 e 32,5  5,5) e controle (41,8  1,8; 40,9  6,3 e 69,6  2,4). A associaÃÃo da lovastatina (2 mg/kg) com glibenclamida (5 mg/kg) nÃo potencializou o efeito de ambas as drogas sozinhas na reduÃÃo da glicemia no quinto dia de tratamento: LOV 2 (reduÃÃo de 64,5%), GLIB 5 (78%) e LOV + GLIB (77,6%). Resultado semelhante foi obtido na associaÃÃo com metformina (50 mg/kg): LOV 2 (reduÃÃo de 64,5%), METF 50 (72%) e LOV + METF (75%). Os resultados encontrados demonstram que a aÃÃo antiinflamatÃria da lovastatina à um importante efeito paralelo, principalmente na prevenÃÃo e tratamento dos distÃrbios inflamatÃrios vasculares associados com aterosclerose e diabetes. AlÃm disso, o efeito hipoglicemiante mostrado pela droga parece ser independente dos seus efeitos hipolipemiantes, demonstrando uma possÃvel aÃÃo auxiliar no tratamento de indivÃduos diabÃticos.
ASSUNTO(S)
lovastatina diabetes mellitus inflamaÃÃo hipoglicÃmicos lovastatin farmacologia diabetes mellitus inflammation hypoglycemic agents
ACESSO AO ARTIGO
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2945Documentos Relacionados
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