AvaliaÃÃo do potencial citotÃxico de trÃs novos derivados da a-santonina em modelos experimentais in vitro / Evaluation of the cytotoxic potential of three new derivatives of α-santonin in experimental models

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/03/2009

RESUMO

As lactonas sesquiterpÃnicas apresentam estruturas quÃmicas diversificadas, bem como uma grande variedade de atividades biolÃgicas, dentre as quais se destaca a atividade citotÃxica e antitumoral. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o potencial citotÃxico de trÃs novos derivados da α-santonina (1): 3-oxo-7αH,6H-eudesma-1,4,11-trien-6,12-olideo (2), 11,13-dehidrolumissantonina (3) e 10α-acetoxi-3-oxo-1,7αH,6H-guai-4,11-dien-6,12-olideo (4) e estudar seus efeitos sobre a proliferaÃÃo celular, ciclo celular e eventos apoptÃticos. Todos os novos derivados inibiram a proliferaÃÃo das cÃlulas tumorais, pelo ensaio do MTT, exceto o protÃtipo (α-santonina), apÃs 72 h de incubaÃÃo. As linhagens HL60 (leucemia) e HCT-8 (cÃlon) mostraram maior sensibilidade ao tratamento com os novos derivados, cujos valores de CI50 para HL60 foram 1,14 (0,23-2,77); 2,30 (1,87-2,84) e 1,60 (1,09-2,35) ÂM e HCT-8 iguais a 2,92(0,98-4,86); 1,96 (1,64-2,29)e 0,36 (0,16-0,79) ÂM, para os compostos 2, 3 e 4, respectivamente. Dois dos trÃs derivados foram menos citotÃxicos para as cÃlulas mononucleares do sangue perifÃrico (PBMC) com CI50 igual a 10,75 (4,6-23,3) ÂM (3) e CI50 igual a 16,77 (7,3-36,8) ÂM (4). PorÃm, o composto 2 apresentou menor seletividade (CI50 igual a 3,24 (1,6-5,3) ÂM) em relaÃÃo as cÃlulas nÃo tumorais. Nenhum dos compostos estudados induziu efeitos hemolÃticos. Para estudo do mecanismo de aÃÃo foi escolhida a linhagem HL-60 como modelo experimental. Culturas de HL60 foram tratadas com os derivados (1 e 2 ÂM) por 24 h. Todos os derivados foram capazes de reduzir o nÃmero de cÃlulas viÃveis, avaliado pelo ensaio de exclusÃo do azul de tripan, na maior concentraÃÃo testada, sem induzir aumento na incidÃncia de cÃlulas nÃo viÃveis. A aÃÃo antiproliferativa esta relacionada com a capacidade de inibir a sÃntese de DNA. ApÃs o tratamento, os derivados foram capazes de induzir apoptose, como observado pelo padrÃo de morfologia celular: presenÃa de condensaÃÃo de cromatina e fragmentaÃÃo nuclear, bem como por citometria de fluxo (manutenÃÃo da integridade de membrana plasmÃtica, fragmentaÃÃo do DNA, externalizaÃÃo da fosfatidilserina e ativaÃÃo de caspases 3 e 7). Nenhum dos derivados causou despolarizaÃÃo da membrana mitocondrial, sugerindo a participaÃÃo da via extrÃnseca no processo apoptÃtico. Os compostos 3 e 4 foram capazes de causar acÃmulo de cÃlulas na fase G2/M do ciclo celular, indicando um mecanismo de aÃÃo diferenciado em relaÃÃo ao composto 2. Esses dados sugerem que os derivados da α-santonina avaliados no presente estudo apresentam um potencial anticÃncer, em especial o composto 4 pela moderada toxicidade em PBMC e por ser capaz de induzir uma maior taxa de morte celular via apoptose quando comparado aos demais derivados estudados.

ASSUNTO(S)

α santonina citotoxicidade apoptose apoptosis farmacologia α cytotoxic -santonin

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