AvaliaÃÃo de eficÃcia e seguranÃa da acetazolamida na doenÃa periodontal experimental. / Efficacy and safety assessment of acetazolamide in experimental periodontal disease.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/06/2010

RESUMO

As doenÃas periodontais sÃo as principais causas de perda de dentes em adultos. O fator etiolÃgico preponderante para desencadear a periodontite à o acumulo do biofilme dental com predominÃncia de bactÃrias anaerÃbicas gram negativas. Apesar de ser de origem bacteriana a resposta inflamatÃria induzida a partir de fatores do hospedeiro pode influenciar na progressÃo e nas caracterÃsticas clÃnicas da doenÃa periodontal. A perda Ãssea alveolar à tÃpica na evoluÃÃo desta patologia e dependente da atividade osteoclÃstica. Por sua vez, um dos mecanismos de reabsorÃÃo Ãssea por estas cÃlulas à atravÃs da produÃÃo de prÃtons liberados nos vacÃolos de reabsorÃÃo pela atividade da anidrase carbÃnica. Tem sido relatado que inibidores desta enzima, como acetazolamida, tem aÃÃo supressora sobre osteoclastos. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito da acetazolamida (ACTZ) na perda Ãssea induzida no modelo de periodontite experimental em ratos, bem como a dosagem de biomarcadores sÃricos do processo inflamatÃrio periodontal e anÃlise histolÃgica do periodonto. AnÃlises de seguranÃa tambÃm foram realizadas atravÃs de hemograma completo, dosagens de TGP, TGO, gama-GT e histopatologia de ÃrgÃos como: fÃgado, rins, baÃo, coraÃÃo e pulmÃo. Para avaliaÃÃo da perda Ãssea alveolar 50 ratos receberam ligaduras de nylon na regiÃo do segundo molar superior esquerdo. Os animais foram divididos em seis grupos: Grupo veÃculo (propilenoglicol) (n=9), grupo controle positivo (alendronato 0,08 mg/Kg) (n=7), grupo controle negativo (salina) (n=9) e grupos que receberam acetazolamida via I.P. nas doses (8,3, 25 e 75 mg/Kg [grupos ACTZ8,3, ACTZ25 e ACTZ75, respectivamente] n= 7, 9 e 9). ApÃs 11 dias, os ratos foram mortos. A perda Ãssea alveolar foi avaliada macroscopicamente atravÃs da Ãrea de exposiÃÃo de raiz. Em outros quatro grupos, ACTZ25 (n=5) e veÃculo (n=5), o periodonto foi analisado histologicamente apÃs 11 e 17 dias de ligadura por coloraÃÃo em HE. Biomarcadores sÃricos foram dosados (IL-1, IL-4, fractalkine, CINC-2, CINC-3, LIX, GM-CSF, βNGF, VEGF e CNTF) atravÃs da tÃcnica de microarray antes e depois da ligadura em trÃs grupos; ACTZ25, Veiculo e Sham (cirurgia simulada). No grupo de ACTZ25 foi realizada a anÃlise de seguranÃa (alpha=5%). Macroscopicamente, o grupo alendronato (controle positivo) apresentou a menor perda Ãssea, seguido do grupo ACTZ75 e ACTZ25 (p<0.05) quando comparados aos controles veÃculo e salina que nÃo diferiram entre si (p>0.05). Histologicamente, o grupo ACTZ apresentou a menor reabsorÃÃo de osso e cemento (p<0,05) apÃs 17 dias de ligadura, nÃo houve diferenÃa entre o grupo ACTZ25 e o veÃculo quanto ao infiltrado inflamatÃrio (P>0,05) . As maiores concentraÃÃes de IL-4 e CNTF foram observadas no grupo ACTZ25 (p<0,05) quando comparado ao grupo veÃculo. As anÃlises de seguranÃa demonstraram que acetazolamida na dosagem de 25 mg/Kg foi bem tolerada sem alteraÃÃes significativas do hemograma, nas enzimas hepÃticas e histopatologia dos ÃrgÃos pesquisados. ConcluÃmos que a acetazolamida pode proteger o periodonto da reabsorÃÃo Ãssea induzida por ligadura em ratos e pode estar associada a mediadores envolvidos com o reparo, como a IL-4 e CNTF, alÃm de ser bem tolerada.

ASSUNTO(S)

farmacologia acetazolamida doenÃas periodontais perda Ãssea alveolar acetazolamide periodontal disease alveolar bone loss

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