AvaliaÃÂÂÃÂÂo da qualidade da atenÃÂÂÃÂÂo prÃÂÂ-natal oferecida ÃÂÂs gestantes no municÃÂÂpio de Fortaleza (CE) / Evaluation of quality of prenatal care offered to pregnant women in Fortaleza(CE)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/08/2011

RESUMO

IntroduÃÂÃÂo: A atenÃÂÃÂo prÃÂ-natal destaca-se como prioridade em saÃÂde no Brasil, por ser um fator de marcada influÃÂncia sobre as taxas de morbimortalidade materna e infantil do PaÃÂs. Processos avaliativos da qualidade da atenÃÂÃÂo ÃÂ gestante, por sua vez, sÃÂo importantes instrumentos para a otimizaÃÂÃÂo do impacto dos serviÃÂos de saÃÂde sobre a saÃÂde materno-fetal. O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade da atenÃÂÃÂo prÃÂ-natal ofertada ÃÂs gestantes de Fortaleza-CE, tendo como parÃÂmetros os indicadores preconizados pelo MinistÃÂrio da SaÃÂde, visando a contribuir para a melhoria da assistÃÂncia ÃÂ mulher no ciclo gravÃÂdico-puerperal. Metodologia: O estudo transversal teve como base a V Pesquisa de SaÃÂde Materno-Infantil do CearÃÂ (PESMIC), com uma amostra de 2.553 mulheres em idade reprodutiva residentes em Fortaleza, das quais 195 referiram gravidez nos prÃÂvios doze meses anteriores ÃÂ entrevista, compreendendo os anos de 2007 e 2008. A qualidade da atenÃÂÃÂo foi avaliada em trÃÂs nÃÂveis de complexidade: no NÃÂvel 1, o inÃÂcio e frequÃÂncia das consultas; no NÃÂvel 2, o NÃÂvel 1 mais a realizaÃÂÃÂo dos exames laboratoriais; e no NÃÂvel 3, os NÃÂveis 1 e 2, mais a realizaÃÂÃÂo dos procedimentos clÃÂnico-obstÃÂtricos. O teste do Qui-quadrado foi utilizado para avaliar a significÃÂncia estatÃÂstica (ÃÂ=0,05) das associaÃÂÃÂes entre as caracterÃÂsticas das gestantes e as do prÃÂ-natal. Resultados: Gestantes adolescentes estiveram associadas a um menor nÃÂmero de consultas (p=0,057) e a uma menor realizaÃÂÃÂo do teste HIV (p=0,014), em comparaÃÂÃÂo a gestantes adultas. Gestantes sem companheiro estiveram associadas a um inÃÂcio de prÃÂ-natal tardio (p=0,004) e a um menor nÃÂmero de consultas (p=0,032) quando comparadas as que viviam com companheiro. Gestantes com nÃÂvel de escolaridade de atÃÂ oito anos de estudo estiveram associadas a um menor nÃÂmero de consultas (p=0,024) e menor orientaÃÂÃÂo referente ao aleitamento materno (p=0,001) em comparaÃÂÃÂo ÃÂquelas de mais de oito anos de estudo. Gestantes com renda familiar de atÃÂ dois salÃÂrios mÃÂnimos estiveram associadas a um inÃÂcio do prÃÂ-natal tardio (p=0,018) e a um menor encaminhamento ao parto (p=0,018) em comparaÃÂÃÂo as que referiram renda superior a dois salÃÂrios. Gestantes que tinham o SUS como provedor de saÃÂde estiveram associadas a um inÃÂcio de prÃÂ-natal tardio (p=0,001), a um menor nÃÂmero de consultas (p=0,002), a uma menor orientaÃÂÃÂo ao aleitamento (p=0,029) e menor encaminhamento ao parto (p=0,017) em comparaÃÂÃÂo as que possuÃÂam plano de saÃÂde. Na avaliaÃÂÃÂo da qualidade da atenÃÂÃÂo, observou-se que somente 63% das gestantes iniciaram e conseguiram realizar as consultas na ÃÂpoca adequada (NÃÂvel 1); quando esse parÃÂmetro foi acrescido da realizaÃÂÃÂo dos exames laboratoriais bÃÂsicos (NÃÂvel 2) , este percentual de adequaÃÂÃÂo reduziu-se levemente para 55%. Entretanto quando estes dois nÃÂveis foram considerados em conjunto com o NÃÂvel 3 (procedimentos clÃÂnico-obstÃÂtricos realizados pelos profissionais), o percentual de adequaÃÂÃÂo caiu drasticamente, alcanÃÂando apenas 3,6%. ConclusÃÂo: Apesar da elevada cobertura, a atenÃÂÃÂo prÃÂ-natal no MunicÃÂpio de Fortaleza deve ser reconsiderada qualitativamente. Recomenda-se ampla discussÃÂo dos resultados desta avaliaÃÂÃÂo com gestores, profissionais de saÃÂde e comunidade, bem como a organizaÃÂÃÂo de um programa de sensibilizaÃÂÃÂo e capacitaÃÂÃÂo para a melhoria da qualidade tÃÂcnica da assistÃÂncia prestada por estes profissionais.

ASSUNTO(S)

saude coletiva avaliaÃÃo de programas e projetos de saÃde cuidado prÃ-natal bem-estar materno evaluation of programs and projects in health prenatal care maternal well-being

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