Atividade Antinociceptiva de um componente bioativo presente em veneno de sapo Rhinella jimi sobre dor neuropática experimental. / Antinociceptive effect of a bioactive component isolated from toad venom Rinhella jimi in animal model of neuropathic pain.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/09/2009

RESUMO

Estudos têm sido desenvolvidos na busca de novas substâncias analgésicas que proporcionem um tratamento eficaz no alívio da dor neuropática. Assim, o objetivo desse trabalho foi estudar o efeito antinociceptivo de um componente bioativo isolado do veneno de sapo Rinhella jimi em modelo animal de dor neuropática induzido por constrição crônica do nervo ciático. O efeito antinociceptivo do componente bioativo foi avaliado na alodinia mecânica pelo teste de estimulação tátil (von Frey), e na hiperalgesia mecânica pelo teste de compressão da pata (Randall-Selitto). Foi observado que na alodinia o componente bioativo administrado por via intraperitoneal apresentou diferença significativa em relação ao controle (14,05 0,86 g) nas doses de 5,0 (31,68 2,06 g) e 10,0 mg/kg (38,81 1,51 g) e nas doses de 20 (24,84 0,77) e 40 mg/kg (32,50 1,84 g) na via oral. Com relação à hiperalgesia, o componente apresentou efeito antinociceptivo em todas as doses 1,0 (350,02 19,16 g), 2,5 (498,30 30,79 g), 5,0 (637,90 29,93 g) e 10 mg/kg (648,01 42,71) na via intraperitoneal e nas doses de 20 (435,00 18,77 g) e 40 mg/kg (595,02 34,67) por via oral quando comparado ao controle (175,01 17,73 g). A duração do efeito antinociceptivo do componente bioativo foi de aproximadamente 120 min tanto na alodinia quanto hiperalgesia. Quando comparado com fármacos usados no tratamento da dor neuropática, o componente bioativo apresentou potência semelhante à morfina e superior a carbamazepina, amitriptilina e diclofenaco sódico na alodinia mecânica. Na hiperalgesia o componente bioativo também apresentou potencia superior a carbamazepina, amitriptilina, além da morfina e codeína. Foi verificado também que naloxona (5mg/kg-i.p.) bloqueou o efeito antinociceptivo do componente bioativo, indicando uma provável participação da via opióide no seu mecanismo de ação. Conclui-se assim que o componente bioativo apresentou atividade antinociceptiva para alodinia e hiperalgesia mecânicas, podendo servir como um modelo para o desenvolvimento de novos analgésicos com potencial terapêutico no controle da dor neuropática humana.

ASSUNTO(S)

rhinella jimi alodinia hiperalgesia antinocicepção neurofisiologia rhinella jimi allodynia hyperalgesia antinociception

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