Associação entre fungos e a viabilidade de sementes de Inga vera subsp. affinis (DC.) T.D. Penn. durante o armazenamento / Association of fungi and viability of seeds of Inga vera subsp. affinis (DC.) T.D. Penn. during storage
AUTOR(ES)
João José Dias Parisi
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
03/02/2012
RESUMO
O elevado metabolismo dificulta a manutenção da viabilidade de sementes de Inga vera. As principais estratégias para a conservação dessas sementes durante o armazenamento consistem na desidratação parcial, na adição de ácido abscísico, no uso de solução de polietileno glicol e de baixas temperaturas. Contudo, tais condições ainda podem conduzir à deterioração, tanto pela atividade do seu próprio metabolismo, como pelo desenvolvimento de micro-organismos favorecidos pela umidade. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo analisar o grau de interferência dos fungos no metabolismo respiratório dos embriões de Inga vera com diferentes níveis de hidratação e a eficiência do tratamento com fungicidas, visando à manutenção da viabilidade durante o armazenamento. Para tanto, os embriões foram obtidos em três anos, sendo em 2009 colhidos em duas fases distintas de maturação (imaturos e maduros), submetidos a dois níveis de secagem, tratados ou não com carboxin + thiram e armazenados sob 7 e 25 oC por até 65 dias. Em 2010, foram colhidos maduros, submetidos a quatro níveis de secagem, tratados ou não com carbendazin + thiram e armazenados a 7 ºC por 120 dias. Nos experimentos de avaliação da respiração, os embriões obtidos em 2010 foram tratados ou não com carbendazin + thiram, mortos ou não por congelamento e inoculados ou não com Aspergillus flavus. Os colhidos em 2011 foram mantidos sem secagem e tratados ou não com carbendazin + thiram e a respiração foi avaliada a 7 e a 25 ºC. Constatou-se que a incidência de fungos, principalmente Fusarium oxysporum, juntamente com o teor de água e a temperatura influenciam nas taxas respiratórias dos embriões de I. vera maduros e que o tratamento com carbendazin + thiram, na dose de 80 mL do produto comercial para 100 kg de embriões, é eficiente na manutenção da viabilidade de embriões maduros e sem secagem, a 7 ºC por 120 dias. Pestalotiopis sp., Phoma sp., Phomopsis diachenii e Colletotrichum gloeosporioides aparecem durante o armazenamento, simultaneamente à deterioração dos embriões de I. vera. O desenvolvimento de fungos em embriões de I. vera difere do padrão clássico definido com base em sementes ortodoxas.
ASSUNTO(S)
microorganismos sementes - fisiologia sementes - processamento sementes - qualidade sementes - armazenamento microorganisms seeds seeds seeds seeds
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000850302Documentos Relacionados
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