Associação entre composição corporal e indicadores de estilo de vida em crianças fisicamente ativas

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Objetivos: Analisar a associação entre composição corporal e indicadores de estilo de vida em crianças fisicamente ativas. Métodos: Foi realizado um estudo do tipo transversal, observacional, individuado e descritivo-analítico com 56 crianças, em idade entre 6 e 10 anos, freqüentadoras das Escolinhas Esportivas do Grêmio Náutico União, em julho de 2004. As variáveis analisadas foram idade, sexo, peso, altura, dobras cutâneas do tríceps e da panturrilha, IMC, % gordura, prática de atividade física na escola e em casa, horas gastas com TV, computador e games, horas de sono e freqüência de consumo de alimentos. Os pais informaram peso e altura (para cálculo IMC), hábito de atividades físicas. Foram utilizados questionários respondidos pelas crianças e pelos pais, após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido para a participação no estudo. Este foi realizado posteriormente à apreciação e aprovação da Comissão Científica do HSL-PUCRS, do Comitê de Ética em Pesquisa-PUCRS. Resultados: A prevalência de sobrepeso avaliada através do IMC foi de 23,2% e de obesidade foi de 14,3%; pela classificação através do % gordura, 19,6% tinham sobrepeso e 14,3% eram obesos. O consumo por grupos de alimentos não foi adequado para a faixa etária, pois as crianças consumiam cereais, pães e massas, vegetais e frutas abaixo do recomendado; e carnes, lacticínios, gorduras, óleos, açúcares e doces acima. O grupo das leguminosas foi o que mais se aproximou das recomendações. O consumo médio de calorias, macronutrientes e micronutrientes, foi adequado (com exceção das fibras e do cálcio que foi abaixo do recomendado). A maioria das crianças praticava atividades fora das escolinhas do GNU, dormia horas de sono adequadas, assistia televisão por mais de 2 horas/dia e utilizava computador e videogame menos de 2 horas/dia. A maioria das mães era eutrófica e a maioria dos pais era portador de sobrepeso/obesidade, sendo que ambos possuíam o hábito de praticar alguma atividade física semanal. Conclusão: não houve associações significativas entre composição corporal (avaliado através do IMC) e estilo de vida, com exceção do zinco que era consumido em menores teores em crianças com sobrepeso/obesidade. Quando a composição corporal foi avaliada pelo % gordura, a única associação encontrada foi entre o consumo de alimentos do grupo dos cereais, pães e massas e proteínas por kg/peso. Não houve associação do IMC dos pais e da prática de atividade física dos mesmos com a composição corporal dos filhos

ASSUNTO(S)

atividades motoras transtornos da nutriÇÃo infantil crianÇas - doenÇas hÁbito alimentar obesidade composiÇÃo corporal medicina doenÇas cardiovasculares

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