Associação da deficiência de vitamina D com mortalidade e marcha pós-operatória em paciente com fratura de fêmur proximal
AUTOR(ES)
Gumieiro, David Nicoletti, Pereira, Gilberto José Cação, Minicucci, Marcos Ferreira, Ricciardi, Carlos Eduardo Inácio, Damasceno, Erick Ribeiro, Funayama, Bruno Schiavoni
FONTE
Rev. bras. ortop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-04
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar se a concentração sérica de vitamina D está associada ao status de marcha e à mortalidade em pacientes com fratura de fêmur proximal seis meses após a fratura.MÉTODOS: Avaliados prospectivamente pacientes consecutivos com fratura de fêmur proximal, com idade ≥ 65 anos, internados na enfermaria de ortopedia e traumatologia do serviço, entre janeiro a dezembro de 2011. Foram feitas análises clínica, radiológica, epidemiológica e laboratorial, incluindo vitamina D. Foram submetidos à cirurgia e acompanhados ambulatorialmente em retornos 15, 30, 60 e 180 dias após a alta, quando foram avaliados os desfechos de marcha e mortalidade.RESULTADOS: Avaliados 88 pacientes. Dois foram excluídos por causa de fratura patológica. Oitenta e seis pacientes com idade média de 80,2 ± 7,3 anos foram estudados. Em relação à vitamina D sérica a média foi de 27,8 ± 14,5 ng/mL e 33,7% dos pacientes apresentavam deficiência dessa vitamina. Em relação à marcha, a análise de regressão logística uni e multivariada mostrou que a deficiência de vitamina D não esteve associada a sua recuperação, mesmo após ajuste por gênero, idade e tipo de fratura (OR 1,463; 95% IC 0,524-4,088; p = 0,469). Considerando a mortalidade, a análise de regressão de Cox mostrou que a deficiência de vitamina D também não esteve relacionada à sua ocorrência em seis meses, mesmo na análise multivariada (HR 0,627; 95% IC 0,180-2,191; p = 0,465).CONCLUSÃO: A concentração de vitamina D sérica não esteve relacionada ao status de marcha e/ou à mortalidade em paciente com fratura de fêmur proximal seis meses depois dela.
ASSUNTO(S)
vitamina d mortalidade marcha fraturas do fêmur