Fratura do quadril: avaliação pós-operatória do resultado clínico e funcional

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Ortopedia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o resultado clínico e funcional dos pacientes submetidos à cirurgia por fratura do quadril relacionando com o escore ASA e com tempo para o tratamento cirúrgico definitivo. MÉTODOS: No período de um ano foram operados 154 pacientes com 65 anos ou mais, com fratura do quadril. Dados sobre o escore pré-operatório ASA e sobre o tempo de espera para a cirurgia foram obtidos. Dois anos após a cirurgia, foi aplicado o questionário Escore de Recuperação Funcional de Zuckerman (ERF) como examinadorda capacidade funcional atual dos pacientes. RESULTADOS: A mortalidade no primeiro ano pós-operatório apresentou diferença entre pacientes com ASA 3 ou 4 em relação aos classificados como ASA 1 ou 2 (dado significante p < 0,05). A mortalidade até o final do segundo ano pós-operatório foi significantemente maior (p < 0,05) no grupo ASA 3 ou 4. O escore pré-operatório ASA não apresentou relação significante com a capacidade funcional atual dos pacientes (dado significante p < 0,05). Não houve diferença significante entre o grupo operado em menos de 48 horas da admissão do grupo operado após 48 horas, em relação à mortalidade e à capacidade funcional atual (dado significante p < 0,05). O grupo de 80 anos ou mais apresentou mortalidade significantemente maior (p < 0,05) do que o grupo de 65 a 79 anos até o final do segundo ano pós-operatório. CONCLUSÃO: O escore pré-operatório ASA e a idade maior de 80 anos podem ser considerados fatores associados à maior mortalidade após dois anos de pós-operatório por fratura do quadril. Isoladamente, o tempo para o tratamento cirúrgico não foi significante.

ASSUNTO(S)

fraturas do quadril período pós-operatório saúde do idoso

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