Aspectos macroepidemiológicos da esquistossomose mansônica: análise da relação da irrigação no perfil espacial da endemia no Estado da Bahia, Brasil
AUTOR(ES)
Martins Jr., Davi Félix, Barreto, Maurício L.
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-04
RESUMO
Estudos na África, de forma enfática, têm mostrado a associação entre a implantação de perímetros de irrigação e o aumento ou expansão da ocorrência esquistossomose mansônica ou hematóbica. O objetivo deste estudo foi verificar a associação entre a prática de irrigação no território do Estado da Bahia e a ocorrência e a difusão da infecção pelo Schistosoma mansoni. O desenvolvimento da irrigação no Estado da Bahia assume duas formas: a primeira é intensiva em capital e mecanizada, voltada para produção agrícola de exportação e necessitando de pouca mão-de-obra. Na segunda forma, caracteriza-se pelo baixo grau de mecanização e utilização intensiva de mão-de-obra. O estudo mostrou que os municípios com as maiores áreas irrigadas não são aqueles que registram as mais altas taxas de prevalência da infecção. Na maior parte desses municípios a irrigação é intensiva em termos de capital e tecnologia. Os achados concluem que diferentemente do observado na África, no Estado da Bahia, a irrigação tem tido pequena influência na definição do perfil espacial da endemia.
ASSUNTO(S)
esquistossomose schistosoma mansoni recursos hídricos distribuição espacial
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