AS FACES DA INCLUSÃO SOCIAL: uma análise do projovem adolescente nos centros de referência da assistência social CRAS de Aracaju/se.
AUTOR(ES)
Perolina Souza Teles
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
Em razão das reivindicações dos movimentos sociais e do processo de reabertura política, o Estado brasileiro, com caráter de regulador social, tem estruturado diversas políticas sociais. Destacamos como instrumentos legais centrais na formulação dessas políticas: a promulgação da Constituição de 1988 e a criação da Lei Orgânica da Assistência Social LOAS. Para efeito de análise do atual modelo da Política Nacional de Assistência Social PNAS, implementada pelo Governo Lula, centramos nossos olhares no Programa Projovem Adolescente, responsável por atender jovens na faixa etária de 15 a 17 anos, que se encontram envoltos à questão social. Realizamos esta pesquisa a partir da realidade do município de Aracaju, situado no estado de Sergipe, no ano de 2009. Elencamos como objetivos desta dissertação: discutir os fundamentos que originaram o Projovem Adolescente; traçar as principais contradições existentes no Programa na realidade aracajuana; discutir como se dá o desenvolvimento do método do Projovem Adolescente na prática pedagógica dos educadores sociais; identificar as concepções de educação envolvidas na formação dos educandos. Buscando destrinchar esses objetivos, trabalhamos metodologicamente, a partir de uma perspectiva marxista, com a pesquisa bibliográfica, documental, observações e entrevistas semi-estruturadas, realizadas com educandos e educadores em 3 Centros de Referência da Assistência Social CRAS. Em que pese a importância dos Programas sociais, no atual discurso da inclusão social, pautado pelo Governo Federal, acreditamos que os mesmos não contribuem, de fato, para a transformação da estrutura de classes desigual do Estado brasileiro. Com a análise do concreto, pensada a partir dos documentos que arregimentam o Projovem Adolescente e dos diálogos com os sujeitos que executam e são atendidos pelo Programa, identificamos as contradições do mesmo, em pelo menos 4 frentes, quais sejam: infraestrutura; evasão dos jovens; formação de vínculos entre os jovens e o Projovem; e a concepção de formação dos adolescentes, pautada pelo Programa. Nesse sentido, discorremos ao longo desta dissertação sobre a contradição entre o pensado e o realizado, para o Programa, representada pelas máscaras da inclusão e da exclusão social.
ASSUNTO(S)
juventude educação assistência social programa projovem adolescente questão social social welfare education youth projovem adolescente program social issue educacao
ACESSO AO ARTIGO
http://www.ufs.br/bicen//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=419Documentos Relacionados
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