Armazenamento da urina, sob refrigeração, preserva a amostra nas análises químicas, celularidade e bacteriuria no EAS

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Patol. Med. Lab.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: A pesquisa de elementos anormais e sedimentoscopia na urina (EAS) compreende testes de grande valor diagnóstico e prognóstico na prática clínica. Quando a análise do EAS não puder ser realizada dentro de duas horas após a coleta da amostra, esta deve ser conservada para que interferências pré-analíticas sejam evitadas. A refrigeração é a técnica mais utilizada devido ao custo-benefício e por apresentar menos inconvenientes quando comparada com conservantes químicos. No entanto, alterações no EAS também podem ocorrer na amostra sob refrigeração. OBJETIVO: Analisar a influência da refrigeração entre 2 a 8ºC no armazenamento do EAS por um período de até 24 horas. MATERIAL E MÉTODO: Foram selecionadas 80 amostras de urina de pacientes internados no hospital da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) testadas para EAS, à temperatura ambiente, e armazenadas sob refrigeração em 6, 12 e 24 horas. RESULTADOS: Os resultados mostraram que a refrigeração foi eficaz quando comparada com amostras mantidas à temperatura ambiente, já que as características físicas, químicas, da celularidade e da microbiota da urina foram preservadas. No entanto, a cristalúria se fez presente desde as 6 horas de armazenamento. CONCLUSÃO: Os testes demonstraram que a refrigeração preservou as características químicas e a celularidade da urina por até 12 horas. No entanto, precipitações de cristais mostraram-se evidentes neste método de armazenamento. Dessa forma, a sugestão de se relatar no laudo as possíveis consequências dessa forma de armazenamento de urina para o EAS pode ser importante.

ASSUNTO(S)

uroanálise armazenamento da urina cristalúria piúria hematúria

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