Armazenamento da urina, sob refrigeração, preserva a amostra nas análises químicas, celularidade e bacteriuria no EAS
AUTOR(ES)
Ribeiro, Karen Cristina Barcellos, Serabion, Bruno Rotondo Levenhagem, Nolasco, Eduardo Lima, Vanelli, Chislene Pereira, Mesquita, Harleson Lopes de, Corrêa, José Otávio do Amaral
FONTE
J. Bras. Patol. Med. Lab.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-12
RESUMO
INTRODUÇÃO: A pesquisa de elementos anormais e sedimentoscopia na urina (EAS) compreende testes de grande valor diagnóstico e prognóstico na prática clínica. Quando a análise do EAS não puder ser realizada dentro de duas horas após a coleta da amostra, esta deve ser conservada para que interferências pré-analíticas sejam evitadas. A refrigeração é a técnica mais utilizada devido ao custo-benefício e por apresentar menos inconvenientes quando comparada com conservantes químicos. No entanto, alterações no EAS também podem ocorrer na amostra sob refrigeração. OBJETIVO: Analisar a influência da refrigeração entre 2 a 8ºC no armazenamento do EAS por um período de até 24 horas. MATERIAL E MÉTODO: Foram selecionadas 80 amostras de urina de pacientes internados no hospital da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) testadas para EAS, à temperatura ambiente, e armazenadas sob refrigeração em 6, 12 e 24 horas. RESULTADOS: Os resultados mostraram que a refrigeração foi eficaz quando comparada com amostras mantidas à temperatura ambiente, já que as características físicas, químicas, da celularidade e da microbiota da urina foram preservadas. No entanto, a cristalúria se fez presente desde as 6 horas de armazenamento. CONCLUSÃO: Os testes demonstraram que a refrigeração preservou as características químicas e a celularidade da urina por até 12 horas. No entanto, precipitações de cristais mostraram-se evidentes neste método de armazenamento. Dessa forma, a sugestão de se relatar no laudo as possíveis consequências dessa forma de armazenamento de urina para o EAS pode ser importante.
ASSUNTO(S)
uroanálise armazenamento da urina cristalúria piúria hematúria
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