Armas estratégicas e poder no sistema internacional: o advento das armas de energia direta e seu impacto potencial sobre a guerra e a distribuição multipolar de capacidades
AUTOR(ES)
Ávila, Fabrício Schiavo, Martins, José Miguel, Cepik, Marco
FONTE
Contexto Internacional
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-04
RESUMO
O pós-Guerra Fria (1991-2006) apresenta uma mudança significativa no cenário estratégico: a maior acessibilidade da tecnologia militar e o surgimento de novas armas capazes de modificar o poder coercitivo dos países - como as armas de energia direta - acabam pondo em xeque a ideia de que a primazia nuclear é condição suficiente para garantir a unipolaridade. Focando-se no atual recrudescimento das tensões entre EUA e Rússia - especialmente com a proposta norte-americana de implementação do Escudo Antimíssil no Leste Europeu - e analisando as relações de poder entre os três países, procuramos revelar que tipo de competição ocorrerá no sistema internacional nas próximas décadas. O presente artigo analisa as reais possibilidades de que a primazia nuclear norte-americana se torne efetiva, uma vez que, para tanto, é necessário o desarmamento estratégico das demais potências. Como uma guerra nuclear entre os três países possui um custo político muito elevado, as disputas tendem a ser decididas na esfera das operações. Para ilustrar esta última afirmação, usamos um cenário contrafactual de guerra nuclear limitada entre Estados Unidos, Rússia e China, por meio do qual tentamos evidenciar as precondições táticas e operacionais para uma eventual vitória da coalizão sino-russa.
ASSUNTO(S)
armas nucleares polaridade guerra armas de energia direta rússia china estados unidos
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