Argumentação e interdiscursividade : o sentido do "como se" na lei e na jurisprudencia, o caso do concubinato

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1998

RESUMO

O objetivo desse trabalho é tratar da argumentação a partir de uma semântica histórica da enunciação. Mobilizo quadros teóricos sobre a questão. Meu trabalho se caracteriza como um estudo semântico-enunciativo no quadro da análise do discurso. Eu me proponho a analisar o funcionamento do enunciado A como se B no discurso jurídico e a mostrar como a argumentação constituída pelo funcionamento do como se organiza a argumentação jurídica no caso em análise. Por conseqüência, estudo essa questão no acontecimento discursivo. Considero que a exterioridade é constitutiva do sentido e ela faz a língua funcionar pela memória dos sentidos: isso é a interdiscursividade. Articulo a análise à questão da designação como fez Guimarães (1995). Desta maneira pode-se interpretar a relação A como se B para instalar a noção de companheira e não concubina. A performatividade é própria da relação entre o dito do juiz e os outros discursos que se apresentam na enunciação ou na jurisprudência e na lei, isto é, considero a interdiscursividade para interpretar a designação de companheira.- É uma posição externa que confere à enunciação do juiz que a concubina seja determinada como companheira. A diferença entre a concubina e a companheira é afetada pela interdiscursividade. É a designação no acontecimento discursivo que sustenta a argumentação a partir das posições do sujeito e da interdiscursividade.

ASSUNTO(S)

jurisprudencia concubinato semantica - historia analise do discurso

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