Aprender a desaprender o modelo na experiência grupal

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

A tese enfoca uma experiência de trabalho em equipe de um programa de saúde mental instituído na área da segurança pública gaúcha, em 2002. Estuda-se a intercessão de práticas cuidadoras de três diferentes áreas: a medicina, a psicologia e as artes, congregando diferentes profissionais, os quais mobilizaram esforços no sentido de potencializar práticas de cuidado implicadas com o fazer transdisciplinar. O programa de saúde funcionou em nível estadual, com a criação de oito unidades de trabalho, denominadas genericamente de Centros de Saúde. Esta pesquisa concentra-se na movimentação de uma das equipes, como funcionou, como se constituíram as práticas grupais de cuidado, como as áreas dialogaram entre si. O acesso à memória da experiência ocorreu por intermédio de documentos escritos diversos, tais como: folder de divulgação, relatório, depoimentos de usuários e profissionais implicados. Estes documentos foram estudados à luz do campo conceitual da Filosofia da Diferença, com ênfase no pensamento de Gilles Deleuze, Félix Guattari e Michel Foucault, buscando também subsídios na Análise de Discurso de origem francesa. Os resultados se evidenciam no aprofundamento da dimensão teórica tal como foi objetivado, o qual possibilitou, na dimensão analítica da tese, a compreensão da experiência, visibilizada como um acontecimento: as práticas grupais de cuidado analisadas são representativas de alguns modos de rupturas àqueles instituídos e estabilizados, funcionando, em determinados momentos, dentro da lógica do rizoma e da máquina de guerra; ressalta-se que a transdisciplinaridade numa equipe profissional se dá num entre lugar educativo e heterogêneo de aprender e desaprender.

ASSUNTO(S)

trabalho em equipe segurança pública saúde mental

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